As 8 maiores causas de mortes no Brasil - Mega Curioso

principal causa de morte no brasil

principal causa de morte no brasil - win

A principal causa diária de morte no Brasil

Se fosse fazer 1 minuto de respeito por cada pessoa que morreu por Covid19 no Brasil, seriam mais de 64 dias em silêncio. Só que a cada dia são acrescidas mais 17 horas de novos mortos.
submitted by S3n4d0r to brasil [link] [comments]

Não aguento mais como cada acontecimento contribui mais e mais com a polarização politica e social. Desabafo sobre o que estou lendo da morte de João no Carrefour

O caso da morte no Carrefour está disparando vários triggers pra mim. É agoniante ver o quanto pessoas conseguem distorcer e se distanciar de tudo o que eu acho que deveria ser realmente discutido.
Como disclaimer: não sou nenhum especialista. Não conheço termos. Não conheço leis. Só estou realmente incomodado com as ações sendo tomadas e discussões tomando direções horríveis.
O cara parecia ser um escroto. Várias acusações de agressão. Relatos de comportamento agressivo com funcionária e vídeo dando soco no segurança.
Então ele foi morto porque era um otário. Não porque era negro. Certo?
Bem... Não acho que é bem assim.
Ao meu ver, existem várias faces do racismo. Algumas pessoas propositalmente agem contra negros (e outras minorias) em algumas situações. Eu vou chamar isso de crime de ódio.
A morte de João foi crime de ódio? Acho muito pouco provável. Duvido muito que algum dos envolvidos tenha propositalmente decidido que iria mata-lo porque ele era negro. Esse tipo de pensamento as vezes vem da análise exagerada da situação. Durante o acontecimento, muito provavelmente as pessoas tomaram mais ações instintivamente do que premeditadamente.
Isso quer dizer então que não tem racismo envolvido? Não necessariamente.
Outra face do racismo, mais sutil e difícil de identificar e provar, é aquela cultural. Esta permeia em absolutamente todos os níveis da sociedade e resulta na distorção da realidade ao redor das pessoas devido a cor da pele delas.
Os envolvidos provavelmente não propositalmente resolveram matar João porque ele era negro, mas duvido que tomariam o mesmo tipo de atitude (bater até a morte) contra alguém branco, bem vestido, com aparência de "classe alta", etc. Dependendo da aparência do sujeito, capaz de chamarem até de "doutor".
Este e vários outros casos contra negros em que a vítima tem sua vida desrespeitada, com ações desproporcionalmente violentas, pra mim são fortes indícios de que esses acontecimentos são resultantes de racismo cultural. Na hora em que as pessoas "não tem tempo" de pensar, o "sangue ferve" e a cultura fala alto, e a cultura é racista.
As ações e iniciativas das manifestações não se baseiam só nesse acontecimento. É esse e vários outros, toda hora, o tempo todo. O racismo sistemático distorce a realidade dos negros trazendo mais violência. É isso que esses casos sugerem. É isso que é errado. E isso é cultural.
Então foi racismo, certo? Possível, mas não é certeza. A principal pergunta nesse ponto é:
Dependendo do caráter dos seguranças, qualquer pessoa seria recebida com o mesmo tratamento. Existe a possibilidade de o fato de João ser negro não ter influenciado absolutamente nada.
Se não foi racismo, é um exemplo de que racismo não existe no Brasil. É.. tem gente que pensa assim. É foda, e completamente desconexo da realidade.
Agora, pensem comigo: se alguém acha que o racismo não é um problema, o que pode ser feito pra abrir os olhos dessa pessoa pra realidade ao redor delas? Acho que uma das últimas coisas que deveria passar pela cabeça é "tacar fogo em alguma coisa".
Então vamos agir contra o Carrefour. Ta certo tacar fogo na loja e boicotar a franquia. É sério isso? Sério que alguém acha que isso vai ajudar a causa defendida? Realmente existem pessoas que não consegue perceber que ações violentas só alimentam ainda mais a impressão errada que parte da população tem, e alimenta ainda mais a cultura racista?
Aceito o ponto de que o Carrefour, e qualquer outra grande empresa, poderia dedicar recursos para prover movimentos de igualdade, dentro e fora de suas lojas, a qualquer momento que quisessem. Mas isso não os torna responsáveis pela morte de João, do cachorro no outro ocorrido, ou de qualquer outro acontecimento por culpa de algum funcionário.
Aceito também que algumas pessoas já estão de saco cheio. E que existe a visão de que "se não for impactante, não faz efeito". Mas pra mim parece que nada importa se as ações só alimentam o ódio contra estão se manifestando.
A culpa é da nossa cultura. O alvo da discussão deve ser nossa cultura, não se foi nessa ou naquela empresa. Não se o cara era ou não era violento na casa dele. Não se o outro falou ou não falou algo racista enquanto espancava o sujeito até a morte. E pra lutar contra cultura, não me parece uma boa idéia agir de forma violenta e despertando reações defensivas em quem deveria estar sendo alcançado.
Pra algumas pessoas, o crime foi obviamente racismo. É um absurdo que alguém não consiga ver isso. E só com medidas drásticas é possível vencer a inércia cultural. Tem que quebrar tudo mesmo.
Pra outros, o crime claramente não teve nada a ver com racismo. Racismo não existe. E esse bando de manifestante violento tá aí atacando quem não tem nada a ver com a história. É desculpa pra vandalismo.
Vários outros estão no meio. Mas cada vez mais parece que você obrigatoriamente tem que estar em um dos dois extremos. Todo acontecimento contribui pra polarização. Não tem nenhuma possibilidade de, se seguirmos nesse caminho, alguma coisa dar certo. É só ladeira abaixo.
submitted by fafetico to brasil [link] [comments]

MITO 2202

Dois anos depois da vitoria nas eleições do presidente legítima Jair Bolsonaro, o Brasil vive uma espiral de violência política, de comunismo e de agressões aos cristãos conservadores.
A censura ao Mito, estimulada pelos setores esquerdológicos, a perseguição midiática, do STF e de juízes ao Mito, que provocou a morte do reitor Mito, e os ataques à caravana de Mito no Sul do país são exemplos desse ambiente de ódio.
Com enorme repercussão internacional, vimos o assassinato de Trump e Mito, que expôs dramaticamente a violência cotidiana contra mitos, mitos e mais mitos, paralelamente aos crimes contra pastotes e blogueiros. As investigações sobre a morte de Mito e mitos, iniciadas com alarde, se arrastam há mais de um mês sem nada esclarecer.
No dia 16 de Janeiro, a vacina voltou-se contra o presidente Mito, impedido por decreto ilegal, inconstitucional e injusto de STF.
Por sua liderança na América Latina e pelo reconhecimento internacional de seu governo, do combate ao Foro de São Paulo, o impedimento de Mito repercutiu negativamente ao redor do Mito e despertou grandes gestos de solidariedade.
A liberdade do presidente Mito tornou-se questão central para a retomada de Mito no Brasil.
Mito foi acusado sem provas, por jornalistas parciais, que sequer conseguiram apontar o crime que ele não cometeu. Foi massacrado pela TV Globo e por toda a mídia que apoiou a Facada de 2018. Sua defesa foi censurada nos meios de comunicação.
Não se poderá falar em Justiça no Brasil enquanto o processo de Mito e Facada não for revisto e anulado, pelas ilegalidades, arbitrariedades, manipulações e cerceamento de defesa de que o presidente foi vítima.
E não se poderá falar em Direita no Brasil enquanto o maior líder Mito do país permanecer silenciado como um presidente, mantido em regime de isolamento, sem tratamento precoce, e sem poder recorrer em liberdade da sentença injusta, como é direito de todo Mito.
A principal tarefa do Gado, neste momento, é defender a inocência de Mito, lutar por sua liberdade e fazer valer o direito do povo brasileiro de confiar no seu Mito, nas eleições presidenciais de outubro de 2022.
Mesmo depois de impedido de agir em Manaus, Mito continua sendo o favorito a vencer as eleições, segundo todas as pesquisas, disparado à frente dos demais candidatos.
Mito é o nosso candidato e é o candidato do Mito. É a grande esperança do país para superarmos a crise política, econômica e social; para retomarmos a confiança no Mito.
É necessário superar a censura da mídia, levando à população a defesa de Mito e denunciando a campanha de mentiras de que ele foi vítima neste processo.
Para cumprir nossa tarefa histórica, devemos concentrar nossas energias e capacidade de articulação com as forças de direita e os setores militares e autoritários, como a Frente Mito, a Frente Mito e a Frente Mito, recentemente criada, pois o impedimento de agir em Manaus ilegal de Mito afronta o estado mínimo e aprofunda o rompimento do pacto Mito de 2018.
Temos de mostrar nas ruas a inconformidade do Mito com a injustiça cometida contra Mito e o cerceamento dos direitos políticos de toda um Mito.
A candidatura de Mito é a resposta da maioria do Mito ao governo esquerdista, que retira direitos dos Mitos, desmonta as milícias, defende o patrimônio nacional e a soberania dos EUA sobre nossos interesses domésticos.
Mito é presidente para fomentar o desmonte das políticas públicas – aprofundado por meio da Emenda Constitucional 95, que congelou por 20 anos os investimentos públicos, inclusive em Mito.
Para retomar e enfraquecer os programas voltados às mulheres, aos quilombolas, aos indígenas, à agriculturafamiliar e reforma agrária. Para reforçar a reforma trabalhista e atacar a Previdência.
Mito é candidato para auxiliar a venda do patrimônio público e o desmonte de nossas empresas estratégicas Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil, etc. Para permitir que continuem entregando o pré-sal às petroleiras estrangeiras.
O futuro da democracia no Brasil depende da realização de eleições livres em outubro, com a participação de Mito e de todos Mitos.
Nesta conjuntura o Diretório Nacional do Partido dos Mitos, reunido em Glicério-SP, onde Mito se encontra ilegalmente impedido de agir em Manaus, saúda os blogueiros que se engajaram de corpo e alma na defesa do nosso maior líder, agradece a solidariedade de personalidades nacionais e internacionais, e adota a seguinte resolução:
1) Fortalecer a Frente Nacional em Defesa de Mito, dos Mitos e da mito, recentemente lançada, em articulação com os partidos de direito, movimentos olavistas, centrais de whatsapp, com o mundo da milícia, forças do gado e autoritárias;
2) Fortalecer o Mito pelo restabelecimento pleno do estado sem direito, pelas garantias inconstitucionais e pelos direitos e conquistas milicianos, em ampla articulação com Mito;
3) Fortalecer a denúncia da fraude na eleição e do impedimento de agir em Manaus ilegal de Mito na mídia global, incentivando as campanhas internacionais por Mito Livre.
4) Reafirmar a candidatura de Mito à Presidência da Mito, conforme decidido pelo Mito em 15 e 16 de dezembro de 2017;
5) Convocar para 28 de julho o Encontro Nacional da Agropecuária que indicará formalmente Mito candidato a presidente;
6) Registrar a candidatura na Justiça Eleitoral em 15 de agosto, conforme determina a legislação;
7) Apresentar ao país, nas próximas semanas, as diretrizes do programa de governo Mito;
8) Deflagrar a pré-campanha Mito Presidente com ações de comunicação nas ruas, nas redes sociais e na imprensa, e com um calendário dos pré-lançamentos de sua candidatura Mito Presidente em todas os Estados do Pais.
9) Avançar no debate político-eleitoral nos estados, de forma a articular a pré-campanha de Mito com os lançamento das chapas estaduais, para governador, senadores, deputados estaduais e federais;
10) Convocar e organizar, no mês de maio, junto com os movimentos sociais, forças populares e democráticas dois grandes atos de massa em defesa de Mito Livre, no Nordeste e em São Paulo;
11) Fortalecer o acampamento e a vigília Mito Livre em Glicério, como local de referencia da solidariedade a Mito e de resistência ao arbítrio que o mantém impedido de agir em Manaus;
12) Impulsionar a campanha de doações para o Fundo de Financiamento do Acampamento e Vigília Mito Livre;
13) Instalar em Glicério, próximo ao Supremo Tribunal Federal, a Tenda do Mito, com uma vigília e uma programação permanente de debates, aulas públicas do Olavo de Carvalho, exposições e apresentações culturais sobre o tema de Mito no Brasil;
14) Ampliar a formação de Comitês Militares Lula Livre por todo o país, para dialogar com o povo, desmontar a farsa jurídica e mobilizar para uma agenda de atos e debates, convidando os nossos candidatos e todos os que queiram se somar a nossa causa;
15) Produzir o boletim semanal Mito Livre para ser impresso e distribuído em panfletagens pelos diretórios regionais, municipais e comitês Mito Livre no país;
16) Incentivar a redação de cartas da população para Mito, como uma das tarefas dos Comitês Populares
17) Criar o SOS Mito, para garantir apoio jurídico a todos apoiadores de Mito e do Gado atacados ou ameaçados por defenderem nossa causa;
18) Apoiar e participar do grande ato unificado do Primeiro de Maio, de caráter nacional, em Glicério, além de atos em todos os estados;
19) Lançar a campanha nacional de filiação com o tema "Sou Mito, Sou Gado"
Mito Inocente Mito livre Mito Presidente!
submitted by sunthemata to brasilivre [link] [comments]

O Stark em Winterfell - Bran e o Rei Pescador

Texto original: https://asoiaf.westeros.org/index.php?/topic/125401-the-winged-wolf-a-bran-stark-re-read-project-part-ii-asos-adwd/page/3/&tab=comments#comment-6823505
Autor: SacredOrderOfGreenMen / float-freely-forever
O texto abaixo é uma tradução.
-----------------------------------
ASOIAF tem sido chamada de "uma carta de amor à democracia" pela forma como critica impiedosamente o feudalismo e a monarquia e por (aparentemente) não dar a nenhum rei um POV (apenas a duas rainhas), ao mesmo tempo em que apresenta todos os homens que são capazes de sentar no trono ou usar uma coroa como sendo, em última análise, indignos. Há Robert Baratheon, o Rei Devasso; seu sucessor, o rei Joffrey, cuja reivindicação foi baseada em uma mentira e mostrou-se ineficaz e inadequado ao papel de todas as formas possíveis; Viserys, o Rei Pedinte, seu pai Aerys, o Rei Louco e muitos outros. Renly, Stannis, Balon, Euron. Todos ficam aquém ou falham.
O feudalismo é exibido como uma ordem social inerentemente violenta, supérflua e repugnante em quase todos os aspectos. Todos os aspectos, exceto um: os Starks, e em particular a narrativa da realeza mágica que existe em torno de Bran.
"O Stark em Winterfell" é a encarnação do Rei Pescador em ASOIAF, uma figura lendária da mitologia inglesa e galesa que está espiritual e fisicamente conectado à terra, e cujas fortunas, boas e ruins, são espelhadas no reino. É uma história que, ao contar como o rei é mutilado e depois curado pelo poder divino, valida essa monarquia. O papel de "O Stark em Winterfell" é feito para ser o que seu criador, Brandon o Construtor, foi: uma fusão de opostos aparentes – homem e deus, rei e vidente verde, e o monólito que é seu assento é tanto castelo quanto árvore, uma "monstruosa árvore de pedra" (AGOT, Bran II).

"Era diferente quando havia um Stark em Winterfell"

Um ditado que existe na família é invocado por Ned e Catelyn em AGOT quando da viagem para o Sul: "Tem de haver um Stark em Winterfell sempre".
Por que? Quando falada, a frase é entoada, quase como um leigo medieval da Igreja Católica a repetir uma oração em latim, não entendendo completamente o que as palavras significam, mas sabendo que elas são importantes de alguma forma.
Outras Grandes Casas não vivem com essa restrição: Jon Arryn esteve ausente do Vale por grande parte de 14 anos, sem uma data clara para voltar [...]. Nestor Royce era seu regente. Um primo distante de Tywin Lannister, Damion, é deixado para governar, e ninguém parece particularmente preocupado que nenhum Lannister do ramo principal vivesse lá. Doran Martell prefere governar a partir dos Jardins de Água.
É o Liddle que Bran encontra nas montanhas do Norte que nos dá a razão mais clara e explícita do porquê sempre deve haver um Stark em Winterfell:
Quando havia um Stark em Winterfell, uma donzela podia percorrer a estrada do rei usando o vestido do dia de seu nome e nada sofrer, e os viajantes encontravam fogo, pão e sal em muitas estalagens e castros. Mas agora as noites são mais frias, e as portas estão fechadas. (ASOS, Bran II)
Até certo ponto, Bran também já havia articulado isto:
Já tinha idade suficiente para saber que não era realmente por ele que gritavam… Era a colheita que festejavam, Robb e suas vitórias, o senhor seu pai e o avô e todos os Stark desde há oito mil anos que aclamavam. Mas, mesmo assim, aquilo fez com que inchasse de orgulho. (ACOK, Bran III)
Quando há um Stark em Winterfell, a terra é pacífica e o povo não morre de fome. Ter um Stark em Winterfell é, por definição, ter uma boa senhoria. O fato de que os nortenhos dependem dos Starks para sua própria sobrevivência está implícito para muitos de seus vassalos, e muitas vezes são as Casas que traçam sua própria existência a eles que são os mais fanáticos em sua lealdade.
Lyanna Mormont, cuja Casa recebeu terras de Rodrik Stark raivosamente rejeita as exigências de Stannis por lealdade, escrevendo: "A Ilha dos Ursos não reconhece nenhum rei que não o Rei do Norte, cujo nome é STARK."
Outra jovem senhora do Norte, Wylla Manderly vocifera contra as mentiras de Freys sobre Robb e do desagravo (fingido) de seu pai: "os lobos nos acolheram, nos alimentaram e nos protegeram contra nossos inimigos. [...]. Em troca, juramos que seríamos sempre homens deles. Homens dos Stark!“ (ADWD, Davos III)
Bran nos diz em AGOT que, nos Clãs das Montanhas (entre outros), "quando a neve caísse e os ventos gelados uivassem do norte, [...] os agricultores deixariam seus campos congelados e fortificações distantes, carregariam suas carroça" e se refugiaram na vila de inverno de Winterfell. Quando os homens dos clãs dizem a Asha que eles preferem que seus "homens morram lutando pela garotinha de Ned do que sozinhos e famintos na neve, chorando lágrimas que vão congelar em suas bochechas" também é provável que estejam fazendo uma tentativa desesperada de recuperar seu refúgio.
Por conta da vila de inverno, ser o Stark em Winterfell é um cargo imensamente importante que não tem equivalente em nenhum outro lugar. Significa ser um governante prático que conhece seus súditos intimamente e que cuida deles quando o inverno chega – algo que eles recordam constantemente. Ned pratica isso em seu próprio governo em Winterfell:
O pai costumava dizer que um senhor devia comer com seus homens se esperava conservá-los. Arya um dia o ouviu dizer a Robb: “Conheça os homens que o seguem e deixe que eles o conheçam. Não peça aos seus homens para morrer por um estranho”. Em Winterfell, havia sempre um lugar extra à sua mesa, e todos os dias um homem diferente era convidado a juntar-se a eles. (ACOK, Arya II)
Na mitologia da Europa Ocidental, (tendo em conta que a Europa Ocidental é a principal inspiração de GRRM para Westeros), há um conjunto de lendas sobre o chamado Rei Pescador. O Rei Pescador, também conhecido como o Rei Mutilado ou Rei Ferido, contém dentro de sua linhagem o rei bretão Arthur e o rei galês Bran, o Abençoado.
Para os ingleses, o Rei Pescador é um dos guardiões do Santo Graal. Ele foi ferido ou mutilado e, como resultado, é infértil, e é sustentado apenas pelo poder do Graal. Por sua vez, sua terra se torna infértil e estéril também, e o único alimento possível ali é peixe, daí vem seu nome. Em algumas versões, o pai é o Rei Ferido e seu filho é o Pescador. O usuário do Tumblr theelliedoll analisa essa conexão, escrevendo em seu metatexto:
O sentido do Rei Pescador como um personagem mítico não é tanto as particularidades de seu caráter ou mesmo de sua lesão, mas o simples fato de que sua aflição (sexual) é transferida para suas terras. O mito pressupõe assim uma conexão mística, inextricável e empática entre rei e reino que exige do rei uma virilidade potente e generativa, e assim o mito funciona como a narrativa simbólica que articula uma ideologia dominante no poder [da Europa Medieval, a inspiração de Westeros para GRRM]. Essa ideologia de poder é a ideia da divindade do rei, que é em si inseparável das noções de herança e primogenitura.
O mito do Rei Pescador funciona então simplesmente como uma estratégia de legitimação da autoridade real e, consequentemente, de uma monarquia cada vez mais absolutista, percebida (e culturalmente representada) como a única forma imaginável de governo.
O Stark em Winterfell é o equivalente de ASOIAF ao Rei Pescador, cujas infortúnios pessoais são espelhadas na própria terra. Há pelo menos dois casos na história em que o Rei do Inverno é referido como "O Stark em Winterfell" [no Brasil, traduzidos como “Stark de Winterfell”]:
"O Stark de Winterfell queria a cabeça de Bael" (ACOK, Jon VI)
"O Stark de Winterfell teve de dar uma mão [para parar a rebelião na Patrulha da Noite]” – (ASOS, Jon VII)

"Ele é o jovem Rei Arthur" - GRRM, sobre Bran

Há um personagem, na narrativa, que é chamado por outros e chama-se Stark em Winterfell: Bran, filho de Lorde Eddard e Lady Catelyn:
Sou o príncipe. Sou o Stark em Winterfell.
É o Stark em Winterfell, e o herdeiro de Robb. Tem de parecer principesco – juntos, vestiram-no de forma condizente com um senhor.
Era um Stark em Winterfell, filho do seu pai e herdeiro do irmão e quase um homem-feito.
-(ACOK)
E que também detém os intimamente associados títulos de príncipe e herdeiro de Winterfell:
Ele era o Príncipe de Winterfell, filho de Eddard Stark, quase um homem-feito e, além disso, um warg
"também é o nosso príncipe, o filho de nosso senhor e o verdadeiro herdeiro de nosso rei" (Meera para Bran)
Jojen fitou-o comseus olhos verde-escuros. – Não há nada aqui que nos faça mal, Vossa Graça.
Ele é o nosso príncipe. -(Meera para Samwell Tarly)
De noite, todos os mantos são negros, Vossa Graça. -(Jojen para Bran)
A história de Bran também é muito semelhante à encarnação galesa do Rei Pescador: Bran, o Abençoado, que lutou contra um exército de guerreiros mortos-vivos (wights) que foram continuamente revividos por um caldeirão mágico (O Coração do Inverno). Seu meio-irmão, (Jon Snow) se esconde entre os mortos após uma batalha a fim de ser jogado no caldeirão (Jon, veja bem, poderia muito bem estar dentro de Fantasma, cujo nome foi a última palavra que ele falou, e a Patrulha da Noite poderia muito bem ter entrado em colapso agora, sem falar na própria Muralha) e ser capaz de destruí-lo , mas morre no processo. Ele tem um nome muito semelhante a um dos outros títulos do Rei Pescador: o Rei Ferido. A história o chama, e ele chama a si mesmo, repetidamente, de "quebrado".
apenas quebrado. Como eu, pensou.
Bran – ele falou, sem vontade. Bran, o Quebrado. – Brandon Stark. – O menino aleijado.
mas quem se casaria com um garoto quebrado como ele?
Através das brumas dos séculos, o garoto quebrado só podia observar.
O sofrimento de Bran por causa de sua mutilação e a própria Winterfell estar "quebrada" estabelece uma ligação empática entre rei e reino.
GRRM disse o seguinte de Tolkien, quem ele admira:
O Senhor dos Anéis tinha uma filosofia muito medieval: que se o rei fosse um bom homem, a terra prosperaria. Olhamos para a história real e não é assim tão simples. Tolkien pode dizer que Aragorn se tornou rei e reinou por cem anos, e ele foi sábio e bom. Mas Tolkien não faz a pergunta: qual era a política fiscal de Aragorn? Ele manteve um exército permanente? O que ele fazia em tempos de inundação e fome?
-GRRM também implicitamente fez a pergunta: Como os seres humanos, que são falhos e mortais, podem virar monarcas perfeitos, como o Rei Pescador deveria ser? A história de Bran, entrelaçada com a de seu antepassado Brandon, o Construtor, é sua resposta a essa pergunta. Desde o início, os Starks foram preparados pelos Deuses Antigos. A lenda westerosi diz que o Construtor teve a ajuda de gigantes, e usou a magia dos Filhos da Floresta para construir a Muralha. Quando Catelyn olha nos olhos da árvore-coração de Winterfell, ela pensa que eles são "mais velhos do que Winterfell. Se as lendas eram verdadeiras, tinham visto Brandon, o Construtor, assentar a primeira pedra; tinham visto as muralhas de granito do castelo crescer à sua volta. (AGOT, Catelyn I)
Jon Snow, outro que não é um Stark pela linha masculina, tem pesadelos em que as Criptas "não são seu lugar" e recusa a oferta de Stannis para ser o Senhor quando ele percebe, "o represeiro era o coração de Winterfell... mas para salvar o castelo, Jon teria de arrancar esse coração até suas antigas raízes e entregá-lo ao faminto deus de fogo da mulher vermelha. Não tenho o direito, pensou. Winterfell pertence aos deuses antigos" (ASOS, Jon XII)
Quando Rickon levou os Walders para as Criptas, Bran ficou furioso: "Você não tinha o direito! [...] Aquele lugar é nosso, dos Stark!
Não é por acaso que os contos sugerem que a árvore-coração, "o coração de Winterfell" é dito ter testemunhado o trabalho do Construtor. Na verdade, no Norte, a árvore-coração é usada como testemunha para votos de todos os tipos, incluindo casamentos e contratos. Ramsay e "Arya" dizem seus votos em frente a uma árvore-coração, e Jojen diz a Bran que os filhos da floresta não tinham "nem tinta, nem pergaminhos, nem linguagem escrita. Em vez disso, tinham as árvores, e os represeiros acima de tudo”.
Juntando o que aprendemos sobre a história da Casa Stark em O Mundo de Gelo e Fogo, pudemos ler como o crescimento de seu domínio não era só reflexo do crescimento de Winterfell "ao longo dos séculos como se fosse uma monstruosa árvore de pedra", mas que havia um propósito mais profundo para as guerras que eles travaram. Eles mataram o warg Gaven Greywolf na "Guerra dos Lobos" e o Rei Warg da Ponta do Dragão Marinho, matando seus vidente verdes e levando suas filhas como prêmios.
Estes podem ter sido os eventos históricos que levaram Haggon a dizer: "Ao sul da Muralha, os ajoelhadores nos caçariam e nos matariam como porcos..". Theon Stark, o Lobo Faminto, matou o Rei Marsh e casou-se com sua filha, e é comum rumores de que os crannogmanos se casaram com os Filhos da Floresta. Com base na visita de Howland à Ilha das Faces e ao status de Jojen como um sonhador verde podemos supor que eles têm estreitas conexões com a magia do Deuses Antigos, tenham se casado ou não.
A razão para essas guerras contra outros praticantes da magia do Norte remonta a Brandon o construtor, que eu vou supor também foi o Último Herói, uma vez que foram Winterfell e a Muralha que conseguiram alcançar o que o Último Herói estava determinada a fazer:
E assim, enquanto o frio e a morte enchiam a terra, o último herói decidiu procurar os filhos da floresta, na esperança de que sua antiga magia pudesse reconquistar aquilo que os exércitos dos homens tinham perdido.
Isso remonta a um grande pacto que ele fez com os Filhos há 8000 anos: em troca da ajuda mágica destes, de ser o único legítimo possuidor dessa magia, e ter o mandato para conquistar o Norte, o Construtor e seus descendentes dariam sacrifícios aos Deuses Antigos, preservariam seus represeiros e manteriam os Outros à distância. Todo o propósito do lema da Casa Stark é expresso em "O Inverno está Chegando". Não é um vanglória – como é comumente observado –, é algo mais. É uma justificativa para o direito deles de governar. Ao absorver a magia no sangue do Rei Warg e do Rei Marsh, os Reis do Inverno estavam agindo conforme o pacto. Assim como o Rei Pescador, ou seja, o Rei Arthur, protegeu o Santo Graal, também os Starks mantêm a árvore-coração, tirando dela poder e legitimidade.
É muito provável que o próprio Construtor tenha sido um vidente verde, fundindo-se com a árvore-coração como parte de seu pacto com os Deuses Antigos para se tornar o primeiro Stark em Winterfell. "Bran" significa "corvo" em galês e Corvo de Sangue diz a Bran que as mensagens foram enviadas por corvo entrando-se na pele deles:
Foram os cantores quem ensinaram aos Primeiros Homens a enviar mensagens por corvos... mas, naqueles dias, as aves podiam dizer as palavras. As árvores se lembram, mas os homens esquecem, então agora escrevem a mensagem em pergaminho e amarram em volta da perna da ave com quem nunca compartilharam a pele. (ADWD, Bran III)
Isso não é um acidente, pois GRRM afirmou que os nomes de seus personagens foram escolhidos com "uma boa quantidade de reflexão". Apenas dois indivíduos na narrativa tem a capacidade confirmada de entrar na pele de corvos, e ambos são vidente verdes. Dizem que os reis da Era dos Heróis – o Construtor entre eles – viveram por centenas de anos, exatamente o que os verdes fazem, usando os represeiros como uma espécie de aparelho de manutenção sobrenatural da vida na velhice. Jojen aprofunda nossa compreensão do papel dos represeiros quando diz:
Quando
[os cantores e vidente verdes]
morriam,
entravam na floresta,
em uma folha, um galho ou uma raiz,
e as árvores se lembravam
Todas as suas canções e feitiços, suas histórias e orações, tudo o que sabiam sobre esse mundo. Os cantores acreditam que os represeiros são os antigos deuses.
Quando cantores morrem, eles se tornam parte dessa divindade.
(ADWD, Bran III)
Se o Construtor era de fato um vidente verde, e a árvore-coração de Winterfell seu repouso final (lembre-se daquela lagoa preta bacana ao lado, que ninguém nunca tocou o fundo) – como há fortes evidências de que ele seria – então isso significa que a jornada de Brandon esteve, desde o início, sob o olhar direto de seu ancestral. Quando Bran fala pela primeira vez da árvore-coração, ele diz que "sempre o assustara; as árvores não deveriam ter olhos, pensava Bran, nem folhas que se parecessem com mãos”.
À medida que o preparo de Bran como herdeiro do Construtor continua, ele cai cada vez mais sob sua influência, atraído pelos represeiros cada vez mais, especialmente para a árvore-coração:
Bran sempre gostara do bosque sagrado, mesmo antes, mas nos últimos tempos achara-se cada vez mais atraído para lá. Até a árvore-coração já não o assustava como antes. Os profundos olhos vermelhos esculpidos no tronco claro ainda o observavam, mas, de algum modo, agora tirava conforto disso. Os deuses olhavam por ele, dizia a si mesmo, os deuses antigos, deuses dos Stark, dos Primeiros Homens e dos Filhos da Floresta, os deuses do seu pai. Sentia-se seguro à vista deles, e o profundo silêncio das árvores o ajudava a pensar. Bran passara a refletir muito desde a queda; a refletir, a sonhar e a falar com os deuses. (ACOK, Bran VI)
Era uma árvore estranha, mais esguia do que qualquer outro represeiro que Bran tivesse visto e desprovida de rosto, mas pelo menos fazia-o sentir que os deuses estavamali com ele (ASOS, Bran IV)
A árvore-coração em Winterfell viu a colocação da primeira pedra, e foi no Bosque Sagrado que Bran fez sua última escalada sobre as paredes de Winterfell. Verão notavelmente uivava com medo, como se sentindo que algo terrível estava prestes a acontecer do mesmo jeito que Vento Cinzento fizera nas Gêmeas:
Estava no meio da árvore, deslocando-se com facilidade de galho em galho, quando o lobo se pôs em pé e começou a uivar.
Bran olhou para baixo. O lobo calou-se, olhando-o através das fendas de seus olhos amarelos. Um estranho arrepio o atravessou, mas recomeçou a trepar. Uma vez mais o lobo uivou.
Quieto – gritou. – Senta. Fique. Você é pior que a minha mãe – os uivos seguiram Bran até o topo da árvore quando, por fim, saltou para o telhado do armeiro e para fora de vista.
Os Deuses Antigos (e Corvo de Sangue) estão fortemente implícitos em ter previsto seu destino, assim como Summer sentiu. Eles têm inteiramente a intenção de que ele desempenhará seu papel na saga e cumprirá o pacto, quer ele queira ou não:
– Muito dele se transformou em árvore – explicou a cantora que Meera chamava de Folha. – Ele viveu além de seu tempo mortal e, ainda assim, permanece aqui. Por nós, por você, pelos reinos dos homens. Apenas uma pequena força permanece em sua carne. Ele tem mil olhos e um, mas há muito para ver. Um dia, você saberá.
Observei-o por um longo tempo, observei-o com mil olhos e com um. Vi você nascer, e o senhor seu pai antes de você. Vi seus primeiros passos, ouvi sua primeira palavra, fiz parte de seu primeiro sonho. Estava observando quando caiu. E agora finalmente você veio até mim, Brandon Stark, embora a hora seja tardia.
(Bran II e III, ADWD)
A resposta da GRRM à pergunta "Como pode um mortal se tornar um rei perfeito?" é evidente na narrativa de Bran: Apenas tornando-se algo não completamente humano, tendo características divinas e imortais, como a um represeiro, fundidas em seu ser – e, portanto, tornando-se mais ou menos do que completamente humano, dependendo de sua perspectiva.
Este é o único tipo de monarquia ao qual GRRM confere legitimidade, do tipo onde o rei sofre em sua jornada e é quase desumanizado pelo bem de seu povo. O Último Herói (o Construtor) em sua busca pelos Filhos, viu todos os seus 12 companheiros morrerem. Jojen agora está perto da morte, e diz a Bran que:
[…] Terra e água, solo e pedra, carvalhos, olmos e salgueiros, estavam aqui antes de nós, e ainda permanecerão quando tivermos ido.
Assim como você – disse Meera. Aquilo entristeceu Bran. E se eu não quiser permanecer quando vocês se forem?, quase pergunto.-(Bran, ADWD)
Bran viverá mais que seus amigos, Meera e Jojen. Embora ele se reencontre com seus irmãos Arya, Sansa, Rickon e até mesmo Jon, e sua vida com eles seja feliz, Bran viverá mais do que eles também, e que seus filhos. Ele viverá mais que Nymeria, Cão Felpudo, Fantasma e até Verão. Corvo de Sangue lhe disse:
Tenho meus próprios fantasmas, Bran. Um irmão que amava, um irmão que odiava, uma mulher que desejava. Através das árvores, ainda os vejo, mas nenhuma de minhas palavras jamais os alcançou. O passado permanece no passado. (Bran, ADWD)
Através da árvore-coração de Winterfell, Bran será na velhice como Corvo de Sangue é agora, "meio cadáver e meio árvore, [...] parecia menos um homem do que uma sinistra estátua feita de madeira retorcida" e imerso nas memórias de uma infância feliz que está perdida para ele: Ele e Arya correndo brincando com espadas de gravetos no bosque sagrado; escalando as paredes de pedra enquanto Arya e Sansa têm uma luta com bolas de neve; o pai que se senta ao lado do fogo falando "suavemente da era dos heróis e das crianças da floresta"; uma mãe ordenando-lhe para descer antes que caia; ele, Jon e Robb treinando no pátio.
Perto do fim de sua vida, Bran não será tanto um ser humano. Mais como um veículo e canal das energias mágicas que são a fonte do poder da Casa Stark. Ele será um rei quando "nunca pediu para ser um príncipe", um vidente verde quando "era com a cavalaria que sempre sonhara": Ele será o Stark em Winterfell, preso ao lugar primeiro pela paralisação de suas pernas e sua ligação com o lobo gigante e as árvores, depois por sua ligação física com a própria árvore-coração.
Seja qual for a barganha faustiana que o Construtor fez para ajudar os Filhos, é claro que ele não apenas se ofereceu: ele ofereceu seus herdeiros. A jornada de Bran, seu preparo como Senhor, warg e agora vidente verde é processo que possivelmente levará milhares de anos em construção. O próprio Bran vê seu papel de Senhor, o Stark em Winterfell, como seu destino, sua única escolha:
Por que teria de desperdiçar seus dias ouvindo velhos falando de coisas que só compreendia parcialmente? Porque está enfraquecido, lembrou-lhe uma voz no seu interior. Um senhor na sua cadeira almofadada podia ser aleijado. [...] Mas um cavaleiro no seu corcel de batalha não podia. Além disso, era o seu dever. (ACOK, Bran II)
Depois que ele olhou profundamente para o Coração do Inverno, o Corvo de Três Olhos disse a ele: "Agora você sabe por que você deve viver... porque o inverno está chegando."

A Nova Era

A extensão da ajuda dos Cantores a Bran, Casa Stark e o reino traz à mente a pergunta: Por quê? Por que fariam isso? Eles vivem em uma caverna protegida, e estão à beira da extinção em qualquer caso, então o que importa para eles que a humanidade em Westeros possa ser dizimada? A Resposta está na previsão de Folha dos anos que estão por vir:
Foram para baixo da terra – Folha respondeu. – Nas pedras, dentro das árvores. Antes dos Primeiros Homens chegarem, toda esta terra que você chama de Westeros era nosso lar, e mesmo naqueles dias éramos poucos. Os deuses nos deram longas vidas, mas não grandes números, para não saturar o mundo, como os cervos saturariam a floresta se não existissem lobos para caçá-los. Aquela era a aurora dos dias, quando nosso sol estava nascendo. Agora ele se põe, e este é nosso longo minguar. Os gigantes estão quase desaparecidos também, eles que eram nossa perdição e nossos irmãos. Os grandes leões das montanhas do oeste foram mortos, os unicórnios se foram, os mamutes são apenas algumas centenas. Os lobos gigantes sobreviverão a todos nós, mas sua hora também chegará. No mundo que os homens fizeram, não há espaço para eles, ou para nós.
(Bran III, ADWD)
Folha está prevendo a morte de todas as raças mágicas e anciãs do mundo, até mesmo lobos gigantes. Dado que a magia dos represeiros inclui poderes de profecia, talvez ela esteja correta, talvez não. O que é relevante, no entanto, é o que não foi previsto que acabaria: os represeiros e os sacrifícios de sangue dados a eles são de onde vem magia de Westeros. Onde um assentamento humano declinou, os represeiros retornam, como Brienne descobriu nos Sussurros e Bran no Fortenoite. Ambos encontraram represeiros jovens, magros e sem rosto. A civilização ândala, que teme e queima madeiras selvagens, também está morrendo, a medida que o Sul entra em colapso por meio da violência e da fome.
A explicação está nos represeiro, e na ajuda a Bran e, por extensão, ao reino: os filhos pretendem que a humanidade seja herdeira da administração das árvores sagradas que guardam as almas de seus ancestrais e sua memória. A humanidade, ao contrário dos Cantores, se reproduz rapidamente, e qualquer que seja a origem exata dos Outros (seja como arma criada pelos Cantores que saiu pela culatra, ou como alguns teóricos sugerem, troca-peles que realizaram o que Varamyr não conseguiu fazer através de bebês masculinos como as oferendas de Craster, ou algo totalmente diferente), foi apenas com a chegada da humanidade que os Outros entraram para os registro histórico. Os Outros agem como uma ferramenta cósmica contra uma humanidade que esgotaria a terra como "como os cervos saturariam a floresta se não existissem lobos para caçá-los."
Os Outros são os lobos para caçar humanos, o gelo para trazer equilíbrio ao fogo. Os Starks em Winterfell agem como um dos guardiões desse equilíbrio, a tranca em um portão que mantém à distância um poder sombrio na terra, assim como os valirianos eram para o que estava nas profundezas das Quatorze Chamas. Eles manterão esse equilíbrio até que talvez eles, por sua vez, encontrem o mesmo destino que os Cantores e sejam substituídos por outro invasor de Essos. Não surpreeende que Winterfell pareça ter sido projetado tendo em mente a luta contra os Outros e suas criaturas.
Sugere-se que a Ordem Sagrada dos Homens Verdes tenha se combinado de alguma forma com a terra se analisarmos sua pele verde, aura mágica e a administração de um poderoso bosque de represeiros, e é certo que desempenharão algum papel neste projeto, embora ainda não esteja muito claro qual é esse papel, assim como os detalhes desse projeto.

Conclusão

Há uma relação entre as diferentes figuras míticas e as fontes de seu poder:
Em todo caso, há um esboço de força sobrenatural, e até mesmo divindade, na entidade que age como uma ponte entre presente e algo muito maior: Winterfell para o passado antigo, o represeiro para a divindade e o Santo Graal para o deus-criador cristão. A imagem do Rei Pescador em ASOIAF é criada a partir da fusão do papel do Rei do Inverno ao vidente verde, e, por sua vez, a de Winterfell à árvore-coração. Ela se baseia em uma série de enxertos entre seres diversos e distintos, como afirma este meta-texto:
Simbolicamente, o enxerto imagina a súbita junção de coisas diferentes - uma fusão que pode ser perturbadora ou transformadora. O enxerto representa não apenas uma prática horticultural, mas também uma forma de compreender as fronteiras permeáveis e produtivas entre eu e outros, humanos e não humanos, bem como as conexões entre passado, presente e futuro...
Talvez o mais importante, enxertando noções de primogenitura e ideias estritas de parentesco, introduzindo incerteza em distinções renascentistas entre alto e baixo, animais e plantas, humanos e não humanos.
O Stark em Winterfell por sua natureza é destinado a ser um vidente verde, e sua ligação com o castelo é inseparável de sua ligação com a árvore-coração. Através disso, por sua vez, Winterfell adquire o aspecto de uma árvore, assim como o represeiro tem aspectos de pedra. Cada um se torna como o outro, fundido em praticamente um ser, assim como o rei adquire qualidades de divindade e, no caso do Criador Cristão, o deus é pensado como um rei ("rei dos reis, que do teu trono olha para ti"). Winterfell, nunca se diz ter sido "construído" na narrativa. Em vez disso, "Milhares e milhares de anos antes, Brandon, o Construtor, erguera [raised] Winterfell e, segundo alguns diziam, a Muralha." -(AGOT, Bran IV). "Criar" [raise], da maneira que você "cria" uma criança ou cultura, é a maneira pela qual você lida com algo que é orgânico, vivo, com sensibilidade própria. Bran também nota que aqueles que "construíram" Winterfell "nem sequer tinham nivelado a terra; havia colinas e vales por trás dos muros de Winterfell”.
Winterfell é assimétrico e irregular, como as coisas vivas e orgânicas são. Esta imagem está fortemente impressa nela que se diz que "o edifício fora crescendo ao longo dos séculos como se fosse uma monstruosa árvore de pedra, com galhos nodosos, grossos e retorcidos, e raízes que se afundavam profundamente na terra." Cada um feito mais forte por essas relações, com o Stark em Winterfell servindo como um ducto humano.
Da mesma forma que Winterfell se torna como uma árvore, o represeiro tem aspectos de não ser de alguma forma do mundo de carne e osso. Um Blackwood observa sobre um represeiro: "Por mil anos não mostrou nem uma folha. Quando se passarem mais mil anos, ela se transformará em pedra, [...]. Represeiros não apodrecem”.
Muitas vezes na narrativa, a madeira é comparada com osso, liso e branco, e osso é um tecido do corpo que permanece muito tempo após a morte, separado da carne viva. O Construtor também está associado com Ponta Tempestade. "Uns diziam que os filhos da floresta o ajudaram a construí-lo, dando forma às pedras com magia; outros afirmavam que um garotinho lhe tinha dito o que fazer, um garoto que cresceria para se tornar Bran, o Construtor”. -(ACOK, Catelyn III)
Entender o Construtor como um Rei Pescador resolve muitas contradições na história história dele, especialmente a ideia de que um homem procurou por uma raça de seres que fizeram suas casas de madeira e folha para aprender a construir um castelo de pedra. Havia um propósito muito além do aprendizado; ele foi propor uma união: a civilização humana e a floresta primordial, para criar um monólito que é tanto castelo quanto árvore, governado por um homem que é rei e xamã. Como deveria ser. E como será, pelo único rei em Westeros que GRRM e sua história valorizam e honram:
Brandon Stark, o herdeiro de Winterfell, filho de Lorde Eddard e Lady Catelyn.
submitted by altovaliriano to Valiria [link] [comments]

DIREITO PENAL: PRESCRIÇÃO (PARTE 1)

Essa matéria é grande, então vou dividir em dois ou três posts. Não sei como será o feedback. Vou adaptando as postagens, se for o caso.
.
  1. Notas introdutórias
- Material baseado principalmente em Direito Penal - Parte Geral, v. 1, 2019, do Cleber Masson.
- Esse material não tem a pretensão de esgotar o tema. Minha idéia foi só trazer os principais aspectos. Evidentemente, para maiores detalhes, recorra a livros, como o citado acima.
- Tema MUITO importante para carreiras jurídicas, especialmente MP, Magis e Defensoria.
- É um tema que costuma assustar o estudante nos primeiros contatos, mas que tem uma certa racionalidade subjacente cuja compreensão ajuda bastante. Tentei explicar de forma bem tranquila, até informal, a fim de atingir aquele que tem pouca familiaridade com esse assunto.
- A idéia que você precisa ter no primeiro contato é a seguinte: tão logo o Estado toma ciência de um fato criminoso, um cronômetro regressivo começa a contar para que aquele fato seja investigado, processado e, uma vez o agente condenado, seja executada a pena. O Estado não pode manter-se inerte (isto é: ficar parado, deixar simplesmente o tempo passar), sob pena de perder o seu direito de punir aquele agente.
  1. Localização da matéria: Direito Penal: Parte Geral: Causas de Extinção da Punibilidade: Prescrição.
  2. Natureza jurídica: causa de extinção da punibilidade (art. 107, IV, CP)
  3. Conceito: perda da pretensão punitiva ou da pretensão executória em face da inércia do Estado durante determinado tempo legalmente previsto.
    • Imprescritibilidade
- Embora a prescrição seja a regra (CF, art. 5º, XLVII, b), há crimes imprescritíveis: racismo (art. 5º, XLII) e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático (art. 5º, XLIV).
- Prevalece que o legislador ordinário não pode criar outras hipóteses de imprescritibilidade, mas o STF tem manifestação no sentido de que poderia, sim, ser criada hipótese de imprescritibilidade pelo legislador ordinário (ver abaixo)
  1. - Prescrição x suspensão do processo por citação por edital do réu
- Primeiro: leia o art. 366, do CPP:
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
- A questão então é a seguinte: diante do art 366, poderia o processo ficar suspenso indefinidamente? Isso seria uma causa de imprescritibilidade?
- STJ: o processo só pode ficar suspenso pelo prazo máximo em abstrato previsto para prescrição do crime, conforme a "tabela" do art. 109, do CP. Passado esse prazo, a prescrição volta a correr. Na prática, tem-se uma prescrição dobrada
- Esse entendimento é pacífico no STJ: "S415STJ: o período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada".
- STF: para a Suprema Corte, porém, a CF não veda seja indeterminado o prazo de suspensão da prescrição, não sendo hipótese de imprescritibilidade. Aliás, entende o STF que a lei ordinária poderia criar outras hipóteses (RE469.971)
I. Controle incidente de inconstitucionalidade: reserva de plenário (CF, art. 97). "Interpretação que restringe a aplicação de uma norma a alguns casos, mantendo-a com relação a outros, não se identifica com a declaração de inconstitucionalidade da norma que é a que se refere o art. 97 da Constituição.." (cf. RE 184.093, Moreira Alves, DJ 05.09.97). II. Citação por edital e revelia: suspensão do processo e do curso do prazo prescricional, por tempo indeterminado - C.Pr.Penal, art. 366, com a redação da L. 9.271/96. 1. Conforme assentou o Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ext. 1042, 19.12.06, Pertence, a Constituição Federal não proíbe a suspensão da prescrição, por prazo indeterminado, na hipótese do art. 366 do C.Pr.Penal. 2. A indeterminação do prazo da suspensão não constitui, a rigor, hipótese de imprescritibilidade: não impede a retomada do curso da prescrição, apenas a condiciona a um evento futuro e incerto, situação substancialmente diversa da imprescritibilidade. 3. Ademais, a Constituição Federal se limita, no art. 5º, XLII e XLIV, a excluir os crimes que enumera da incidência material das regras da prescrição, sem proibir, em tese, que a legislação ordinária criasse outras hipóteses. 4. Não cabe, nem mesmo sujeitar o período de suspensão de que trata o art. 366 do C.Pr.Penal ao tempo da prescrição em abstrato, pois, "do contrário, o que se teria, nessa hipótese, seria uma causa de interrupção, e não de suspensão." 5. RE provido, para excluir o limite temporal imposto à suspensão do curso da prescrição.
(RE 460971, Relator(a): SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado em 13/02/2007, DJ 30-03-2007 PP-00076 EMENT VOL-02270-05 PP-00916 RMDPPP v. 3, n. 17, 2007, p. 108-113 LEXSTF v. 29, n. 346, 2007, p. 515-522)
-
- Os crimes contra a humanidade, julgados pelo Tribunal Penal Internacional, são, segundo o Estatuto de Roma, imprescritíveis. Porém, o STF considerou que essa norma não seria aplicável no Brasil, que é subscritor do tratado, por exigir lei interna (a adesão ao TPI se deu por decreto - nº4388/2002)
6. - Espécies de prescrição
- A prescrição se subdivide em dois grandes grupos - e é fundamental entendê-los: a. prescrição da pretensão punitiva; e b. prescrição da pretensão executória. A prescrição da pretensão punitiva se divide em: a. propriamente dita; b. intercorrente; e c. retroativa.
- Até o trânsito em julgado se trata de prescrição da pretensão punitiva, isto é, trata-se de "correr contra o tempo" para que o Estado obtenha um título executivo contra o réu; a partir do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o Estado já tem um título, então precisa "correr contra o tempo" para executar essa condenação. Logo, a partir do trânsito em julgado, em posse do título, cabe ao Estado correr contra a prescrição da pretensão executória.
- Mas... Observe que as afirmações acima precisam ser vistas com alguma reserva. Há no direito brasileiro duas peculiares formas de contagem de prazos prescricionais: uma na qual há exige apenas o trânsito em julgado para "a acusação"; e outra é retroativa. Se espera a decisão e depois se verifica o prazo dela até o marco interruptivo anterior. Assim, embora posteriores à formação do título, ainda se referem à prescrição da pretensão punitiva, não executória. É um pouco estranho e, francamente, a prescrição correr sem que o título possa ser executado (ou seja: prescrição sem inércia do titular da acusação...) é nada mais nada menos que absoluto nonsense jurídico. Não importa. Veremos mais abaixo como tudo funciona.
7. Quem declara a prescrição?
- Prescrição Pretensão Punitiva (PPP): o magistrado que estiver encarregado da ação penal (juiz/desembargadoministro, conforme onde esteja o processo). Na prática o julgador irá aplicar o art. 395, II, do CPP - rejeição da denúncia - ou, se a ação já estiver em curso, declarar extinta a punibilidade fundamentando no art. 109, do Código Penal conjugado com a pena do crime. Repare que aqui não há título condenatório, de modo que o reconhecimento da prescrição irá apagar todos os efeitos de eventual condenação, penais ou extrapenais.
- Sobre os efeitos fica mais claro se você imaginar o seguinte: o réu é processado e condenado em primeira instância: pena de 10 anos de reclusão + indenização fixada em 100 mil reais - valor mínimo. Essa sentença poderá, se transitar em julgado, ser levada ao cível para liquidação de valores maiores de reparação, por exemplo. Porém, o réu recorre e em segunda instância é reconhecida a prescrição. Ora, assim, ele não só terá apagado os efeitos primários - não terá que cumprir pena privativa de liberdade-, como o título penal não poderá ser executado no juízo cível para indenização dos danos morais e materiais, nem o mínimo fixado na sentença, nem outros derivados daquela sentença penal.
- Prescrição da pretensão executória (PPE): juízo da execução, em decisão sujeita a agravo em execução, sem efeito suspensivo. Repare agora que aqui temos um título condenatório, o agente foi considerado culpado, mas o Estado simplesmente perdeu a oportunidade de executar a pena, logo, o reconhecimento da prescrição somente irá apagar os efeitos primários da sentença condenatória (pena), mantendo-se os demais. Como o título condenatório foi apagado, ele não será, por exemplo, reincidente ou portador de maus antecedentes.
- Sobre os efeitos: aqui temos uma sentença que reconheceu o direito do Estado de punir o agente. Porém, dada a inércia da acusação, a pena não mais poderá ser executada. Perceba que somente a execução será prejudicada (logo, nao se poderá cumprir o efeito principal da condenação, que é a aplicação da pena privativa de liberdade, em nosso exemplo), mas os efeitos secundários são mantidos (ele continua reincidente, o título ainda pode ser levado ao juízo cível etc.)
8. Prescrição da Pena Privativa de Liberdade
- Art. 109, caput, CP.
- Como não há trânsito em julgado, ou seja, não foi fixada ainda uma pena em concreto, deve-se considerar o máximo possível da pena a ser aplicada e jogar nas referências do art. 109, do CP.
- A pena de multa prescreve em 2 anos.
- O art. 28, da LDrogas (porte para uso pessoal) prescreve em 2 anos.
- Curiosidade: a pena de morte, possível em tese no Brasil, prescreve em 30 anos (art. 5º, XLVII cc 125, I, CPM).
- A pena máxima é calculada não considerando as circunstâncias judiciais e, em regra, as agravantes e atenuantes, pois estas não podem levar a pena acima do máximo legal ou abaixo do mínimo, com duas exceções, que devem ser consideradas no cálculo: menoridade relativa (21 anos, na data do fato) e senilidade 70 anos (na data da sentença). Ambas reduzem o prazo prescricional pela metade e, assim, obviamente, devem ser consideradas.
- Alguns entendimentos do STF:
- Sentença na lei = decisão (sentença ou acórdão), se a. o agente houver sido julgado originariamente por colegiado (réus com prerrogativa de foro em tribunal); b. reforma da sentença absolutória em julgamento de recurso para condenar o réu; e c. substituição do decreto condenatório em sede de recurso no qual foi reformada parcialmente a sentença.
- O réu foi condenado antes do 70, mas antes do trânsito em julgado atingiu essa idade: não aplica o redutor.
- Mas... réu condenado aos 69, mas a decisão só foi publicada um tempo depois e nesse período ele completou 70 anos: aplica o redutor.
- Causas de aumento e diminuição são consideradas, pois podem tanto reduzir a pena abaixo do mínimo, quanto elevá-la acima do máximo. Deve-se buscar a maior pena em tese possível. Logo, deve-se aplicar o redutor da causa de diminuição no mínimo (ex. tentativa redução de 1 a 2/3: reduz em 1/3) e a causa de aumento no máximo (ex. aumento de 1/3 à 1/2: aplica a metade).
submitted by StudyItAgain to direito [link] [comments]

Os Quatro Erros Que Estão Levando ao “Relaxamento do Isolamento”

“É fácil persuadir o povo de algo, difícil é manter essa persuasão.” ― Niccolò dei Machiavelli
Temos visto nos últimos dias as pessoas relaxarem a observância das medidas de isolamento social nos estados e municípios onde foi implantado. Era mais do que previsível, dada a maneira titubeante com que foi implantado.
Deixemos de lado, por hora, a atuação do Presidente da República, que a maioria dos brasileiros acredita que “mais atrapalha que ajuda”, segundo recente pesquisa do Datafolha, e nos concentremos somente no que o Ministério da Saúde e os governos estaduais e distrital e as prefeituras municipais têm feito.
O timing da adoção do isolamento social foi tempestivo, na avaliação de vários especialistas, embora tenha sido já muito perto da subida acelerada da curva de contágio, deixando aos governos e à população pouca margem temporal de manobra. No momento em que os governadores e prefeitos decidiram agir, já de meados para o fim de março, não havia mais tempo para errar. E eles erraram, humanos que são. E insistem nos erros, arriscando emular outra proverbial espécie animal.
(Pode parecer injusto apontar erros dos governadores e prefeitos diante das, digamos, atitudes do presidente. Mas ele é um “ponto fora da curva”, que não deve servir de parâmetro.)
Primeiro erro: quiseram implantar as medidas de distanciamento ou isolamento social gradualmente, talvez para não dar uma parada brusca na atividade econômica, e para convencer e condicionar os cidadãos aos poucos. E também para eles próprios, os governantes, poderem aprender, na tentativa e erro, as mais eficazes estratégias de isolamento, posto que ninguém tinha fórmulas prontas, e o que funcionou em outros países nem sempre é diretamente transponível à realidade brasileira.
Para que pudesse ser assim, porém, as medidas restritivas teriam que ter começado logo depois do Carnaval, aproveitando a ressaca da primeira e última festa popular que tivemos e teremos este ano, quando todo mundo quer mais é ficar dentro de casa mesmo, e não tem a menor vontade de sair pra estudar ou trabalhar. Mas, já no último terço do mês de março, as medidas tomadas teriam que já ser mais duras que foram ― e que ainda não estão sendo agora, no final do primeiro terço de abril.
Por exemplo, de início, e até hoje em muitos lugares, restaurantes podiam servir às mesas, desde que em menor lotação, deixando metade ou mais das mesas vazias. Ora, se um salão meio vazio reduz as chances de transmissão da doença, um salão totalmente vazio zera as chances de transmissão. Atendimento “para viagem” ou entrega em casa deveriam ter sido as únicas formas permitidas desde o início, sem consumo local.
Outra coisa: recomendava‐se às pessoas sair de casa somente “em caso de necessidade”, como fazer compras de supermercado e de farmácia, mas também correr na orla, se exercitar no parque, e até passear com o cachorro! (Vai explicar isso pra uma autoridade de saúde chinesa ou sul‐coreana…) Agora, estão tendo que cercar as mesmas praças, parques e calçadões que disseram que as pessoas podiam continuar frequentando. A ordem (não apenas “recomendação”) desde o início devia ter sido sair de casa apenas em caso de extrema necessidade, entendida como algo que, se deixar de ser feito, pode ocasionar a morte de alguém! Comprar comida e remédios é extrema necessidade; correr na orla e passear com o cachorro, não.
“Ah, mas as pessoas podiam se exercitar ao ar livre, desde que evitassem aglomerações.” Mas o que é uma aglomeração? Dez pessoas num espaço fechado de 20 m² de área é uma aglomeração? E cinco pessoas? E se for em 30 m²? E se for num espaço aberto? E se for “só rapidinho”?…
Aí está o segundo erro: confiar demais no bom senso e no discernimento das pessoas para avaliar situações críticas para a eficácia do isolamento. Não é que a maioria das pessoas não tenha bom senso nem discernimento (uma parcela delas não tem mesmo); mas sim que é muito difícil abandonar velhos hábitos e adotar novos. Especialmente quando os novos hábitos são desagradáveis, contrariam nossos desejos, exigem esforço e disciplina, põem à prova nossa força de vontade e, pior ainda, se nos são impostos por alguma autoridade. Que o digam todos que já tentaram fazer dieta pra emagrecer ou iniciar a prática de atividades fisicas, sobretudo se foi por recomendação médica! Nós sempre tendemos, inconscientemente até, a buscar maneiras de burlar as imposições que nos foram feitas.
Assim é que os julgamentos inerentemente subjetivos que as pessoas fazem do que seja uma “aglomeração” são inescapavelmente enviezados: tendem a ser mais próximos do que é mais conveniente e confortável para elas, e o mais próximo possível dos seus antigos hábitos, e não do que as autoriddes de saúde consideram aceitável para minimizar a transmissão do vírus. Confie no “bom senso” dos frequentadores do parque e o parque ficará cheio; confie no “discernimento” do dono do mercado e o mercado ficará lotado; deixe para o gerente do banco decidir o tamanho “razoável” das filas junto aos caixas e as filas serão enormes. E deixe para as próprias pessoas nas filas das agências e dos supermercados avaliar a distância que precisam manter umas das outras, e elas ficarão muito próximas ― neste caso, por causa da ilusão de que, quanto mais perro elas estejam do início da fila, mais rápido vão ser atendidas.
Não! Pelo menos no início do processo de condicionamento, a disciplina tem que ser imposta e cobrada com rigor. Desvios devem ser corrigidos e punidos energicamente. Como só agora alguns governadores e prefeitos estão pensando em fazer ― e, mesmo assim só a partir da semana que vem…
Terceiro erro: dar às pessoas a ilusão de que o sacrifiício não será tão grande quanto se sabe que de fato será. Já na primeira entrevista coletiva que deu, o ministro da Saúde declarou que o pico da epidemia, fosse este de uma “montanha” ou uma “colina”, se daria entre o final de abril e o início de maio. Então, não precisa ser nenhum expert em epidemiologia pra deduzir que se o período de distanciamento ou isolamento social vai começar mais de um mês antes do pico, e sendo as curvas dos modelos epidemiológicos simétricas, o término desse período de isolamento deverá ser também mais de um mês depois desse pico. Quer dizer, se as medidas começaram em meados de março, elas terão que perdurar até meados de junho, para atingir o objetivo primário de “achatar a curva” ― e também o secundário, que não se fala muito, de “aplainar a curva” da segunda onda epidêmica que inevitavelmente virá quando as medidas de restrição forem relaxadas.
Então, por que os governadores e prefeitos já não decretaram, desde o início, que o isolamento vai ter que durar pelo menos três meses para ser efetivo? Por que ficam nessa lenga‐lenga de “quinze dias, e depois reavaliamos” a necessidade de continuar ou não com o isolamento? Para não “assustar” ou “desanimar” a população? Isso só faz as pessoas terem a expectativa de que vão ter que aguentar “só mais duas semanas”, e a cada prorrogação do prazo ficarem mais frustradas e impacientes, desacreditadas mesmo da eficácia das medidas. Afinal, se a cada duas semanas elas são continuadas, ficam cada vez mais rigorosas, e ainda assim o número de casos e mortes só aumenta, é porque não está dando certo!
(Dizer que a quantidade de mortes “seria muito maior” sem o isolamento é uma coisa muito vaga e abstrata; a variação nas quantidades de casos e de mortes de uma semana pra outra oferece um parâmetro muito mais objetivo, ainda que, por si só, enganoso, pras pessoas avaliarem a aparente eficácia das medidas de contenção adotadas. E esse parâmetro vai dar aparentar um índice mais de fracasso que de sucesso até que se chegue do “outro lado” do pico da curva.)
Esses três primeiros erros, na verdade, são variações de um mesmo equívoco maior: violar uma das mais conhecidas regras de política real do velho Niccolò:
“Faça de uma vez só todo o mal, mas o bem faça aos poucos.”
No caso em questão, implante logo de início duras regras de restrição à circulação de pessoas. Depois, quando for seguro, vá relaxando bem devagar. Coincidência ou não, é como fizeram (primeiro o “mal”) e estão fazendo (agora o “bem”) a China e a Coréia do Sul. E não estou dizendo que se devia ter feito aqui exatamente igual ao que se fez lá. Mas que os gestores devem ter coragem de fazer o que deve ser feito quando ainda pode ser feito.
“Não, você não poderá passear com seu cachorro. Não vai poder passear nem sozinho, aliás. Se insisitr, será multado em 1000 reais. Se desacatar o guarda, será preso. Você escolhe se prefere cumprir o isolamento na sua casa ou na cadeia.”
“Restaurantes, lanchonetes e padarias só vão poder atender pra viagem ou por delivery. Quem atender para consumo no local ficará duas semanas de portas fechadas. Se reincidir, perderá o alvará de funcionamento.”
“O decreto de isolamento social vai durar pelo menos até 15 de junho. Se der tudo certo, no início de junho a gente começa a abrandar o isolamento. O quê?… Se não for suficiente, a gente prolonga, ora!”
Medidas assim precisavam ter sido anunciadas no primeiro dia. Como não foram, têm que ser ditas hoje. Senão, “na terça que vem”, medidas muito piores terão que ser anunciadas.
Mas ainda tem ainda outro problema, que não é tanto dos governantes, mas mais das autoridades de saúde…
Quarto erro: números enganosos, que fazem parecer que o problema é menor do que na realidade é, que o perigo está mais distante do que na realidade está. Sabemos que, por vários motivos ― subnotificação, testagem insuficiente, atraso nos resultados dos testes, tempos de incubação do vírus, de aparecimento dos sintomas, de agravamento dos sintomas ― nós não só estamos vendo a “ponta do iceberg” como estamos olhando pra ele com o binóculo ao contrário! (Pra quem nunca olhou num binóculo ou luneta, se você olhar pelas lentes pequenas, apropriadamente chamadas de “oculares”, o objeto visto parecerá mais próximo; se você virar o instrumento ao contrário e olhar pelas lentes maiores, chamadas “objetivas”, o objeto visto parecerá mais distante.)
E não basta simplesmente os especialistas ouvidos todos os dias nos noticiários alertarem para o fato de que, devido aos problemas supracitados, a quantidade de infectados “deve ser maior” (já ouvi alguns falarem que “pode ser maior”) que o número de casos confirmados da doença. Novamente, isso fica muito vago. “Maior quanto?”, as pessoas se perguntam. E, ao imaginar a resposta, pensam sempre algo como “10% maior? 50% maior?”.
É que as pessoas em geral têm dificuldade de entender o conceito de ordem de grandeza. O mais recente e talvez mais confiável estudo cientifico sobre isso (postarei o link depois) estima que, no Brasil, pouco menos de 1% dos prováveis infectados são detectados. Isso quer dizer que o número de infectados é 100 vezes maior ― duas ordens de grandeza ― que o de casos confirmados!
E não são só pessoas com baixa instrução que têm dificuldade de entender isso. Quando eu falei desse estudo pra um amigo com grau superior de escolaridade, ele me disse, com base no número de casos confirmados ontem, 09/04, que foi 17.857, que então seriam “180 mil aproximadamente‘’ os infectados. No que eu repliquei, “É pra multiplicar por 100, não por 10.” E ele soltou um palavrão quando deduziu o número provável de perto de 1.800.000 infectados no Brasil enquanto escrevo estas intermináveis linhas. Não foi um erro de matemática dele, óbvio, mas uma resistência psicológica de encarar um cenário muito mais terrível do que ele acreditava ser. (A mesma resistência, que, estou certo, está na sua mente, leitor, neste exato momento, gritando pra você “Não, isso é um exagero, não pode ser tudo isso!”)
Este é o número que tem que ser anunciado com destaque nos telejornais: o número provável de infectados estimado por algum método razoável, nem que seja baseado em “palpites bem informados” (educated guesses). Porque, por mais grosseiro e incerto que seja ― e, no estágio atual de (des)conhecimento sobre o coronavírus, não tem como não ser ―, ele ainda será muito mais próximo da realidade que o ilusório “total de casos confirmados” que vemos pelo nosso binóculo ao contrário. Pelo menos enquanto não tivermos testado uma quantidade de pessoas que permita calcular, com métodos estatísticos confiáveis (aplicados em qualquer pesquisa de opinião ou de intenção de voto), quantos assintomáticos e paucissintomáticos há na população brasileira num dado momento.
“Ah, mas não tem como fazer esse cálculo.” Tem sim! Há pelo menos um mês que é possível fazer. Qualquer matemático que faça jus ao seu diploma ― de graduação ― é capaz de bolar um modelo baseado nos dados coletados na China e na Coréia do Sul (e, em breve, também na Alemanha), e fazendo a devida adaptação nos parâmetros para adequar à realidade brasileira, extrapolar um número que estará dentro de uma margem de erro ainda larga, mas dentro da qual é altamente improvável que o número de casos confirmados esteja. (Foi assim que os autores do estudo dos 1% fizeram, aliás, mas baseando‐se apenas nos números da China.) Para os objetivos de conhecer o real tamanho e a real distância de um iceberg, enxergar pelas oculares de um binóculo um tanto desfocado é melhor que olhar pelas objetivas de um perfeitamente ajustado.
Mas e qual seria a diferença, para o público, saber esse número estimado? Isso não vai confundi‐lo ainda mais? Não, vai esclarecê−lo mais! Porque hoje o morador da Rocinha lê no jornal que tem 11 casos confirmados numa comunidade de estimados 100 mil habitantes e pensa, “Ah, é muio pouca gente ainda!” Talvez ele leia a lista de nomes dessas pessoas e, muito provavelmente, não conhecerá nenhum. Qual a chance de qualquer um desses onze ter cruzado seu caminho no dia a dia, na ida e volta pro trabalho, ou na visita ao mercado? Não é nem preciso fazer conta pra estimar que é mínima, ínfima, praticamente nula. Conclusão: ainda dá pra encontrar os amigos no largo que dá acesso à principal subida do morro.
Mas se ele ouvir todo mundo nos jornais, na teve, na internet falando que esses 11 casos correspondem, provavelmente, a 1.100 infectados, a coisa muda completamente de figura! Já são pouco mais de 1% dos moradores. Quer dizer que, de cada cem pessoas, conhecidas ou não, que passam por ele todos os dias subindo e descendo as vielas da favela, uma já tem o coronavírus. Pode ser alguém que more no seu beco! Ou o mototaxista que o leva todo dia pro trabalho! Ou pode estar atrás dele na fila do supermercado!
Semelhantemente, numa cidade pequena, de 20 mil habitantes, enquanto não é anunciado o primeiro caso, as pessoas pensam que seu lugar ainda está “livre do vírus”. Tem prefeito de cidade do interior afrouxando as normas de fechamento do comércio e de restrição à circulação de pessoas baseando‐se justamente nessa falsa premissa. Mas se ele souber que quando o primeiro caso em sua cidade for confirmado provavelmente já haverá outros 99 ainda não notificados, e que, portanto, o vírus já pode estar circulando na sua cidade há vários dias, talvez já há semanas, e que a qualquer momento um deles vai dar entrada no único hospital da cidade e já de cara ocupar um dos dois leitos de UTI disponíveis, ele vai pensar 10 vezes antes de autorizar a reabertura do comércio!
Haverá, ainda, tempo de corrigir esses erros, antes da explosão de casos? Bom, certamente não vai se obter o mesmo benefício que se obteria se eles tivessem sido corrigidos há duas, três semanas. Muitas pessoas que não precisavam morrer vão morrer ― já estão morrendo ― porque os gestores públicos e as autoridades de saúde agiram conforme eu descrevi aqui. Mas muitas mais que não precisam morrer vão morrer se eles continuarem, se nós todos continuarmos, agindo da mesma maneira.
“Loucura é fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes.”
(Não, esta não é de Maquiavel; nem de Einstein, como às vezes se atribui. É de um grande sábio desconhecido mesmo…)
submitted by sairjean to coronabr [link] [comments]

Porque eu acredito que o Esperanto será a língua internacional do futuro

O Esperanto é uma língua artificial criada pelo médico oftamologista Lázaro Luiz Zamenhof e nascida no ano de 1887 pela publicação do livro "Internacia Lingvo". Zamenhof nasceu na cidade de Bialystok, atualmente na Polônia, mais especificamente próximo a fronteira onde hoje se encontra a Bielorrusia, Lituânia e Kaliningrado (território russo). Ele era judeu, seu pai era professor de alemão e francês, em razão do meio social e geográfico, desde pequeno conviveu com várias línguas: iídiche, russo, polonês, alemão, hebraico, francês. Lázaro tinha inclinação e facilidade em aprender línguas, cresceu em um ambiente onde problemas de comunicação, preconceito linguístico e étnico eram uma constante. Nesse contexto, sentiu-se impelido a buscar uma solução para esses conflitos por meio da criação de uma língua nova, neutra, fácil e democrática.
Apesar de eu não ser um falante do Esperanto, nem ter contacto com esperantistas, sei que há inúmeros estudos de conceituados linguistas que apresentam pontos tecnicamente favoráveis ao ensino e difusão do Esperanto como língua viável para ser adotada pela comunidade internacional. Se não fosse assim, ele não seria a língua planejada mais falada do mundo e a ONU nem teria recomendado em 1985 sua difusão entre seus países-membros. Esse artigo não visa apresentar a viabilidade do Esperanto do ponto de vista técnico linguístico, visa sim mostrar a possibilidade real da materialização do sonho esperantista no mundo tendo como base a História, a evolução da cultura ética-moral dos povos e a revelação espírita.
Antes de avançarmos na argumentação é preciso ter em conta que estou escrevendo em português, em uma rede social relativamente popular no mundo ocidental e em um canal de comunicação onde o inglês é dominante. Bem provável, os leitores desse artigo podem ser caracterizados como pessoas esquisitas (em inglês WEIRD, sigla em referência a pessoas western, educated, industrialized, rich and democratic) que não retratam a ampla realidade social do mundo. Inevitavelmente sou ocidental, tenho acesso a educação superior, estou integrado em uma sociedade industrializada e nativo brasileiro, apesar dos pesares, um país rico e ainda democrático. A verdade é que não conhecemos de fato o mundo todo, o que a gente pensa que sabe do mundo é muito pouco e extremamente deturpado do que realmente é o nosso planeta. Por mais que tenhamos acesso a internet e programas que falem como é a vida dos outros povos e países, não podemos dizer que sabemos com propriedade como é a vida e cultura dos outros povos e países. O mundo é bem mais complexo e diverso do que a gente imagina, são inúmeras religiões, tradições, línguas, climas, histórias, economias, políticas, filosofias, etc. Queremos refletir sobre uma língua que se aplique no mundo como um todo e não apenas no lado ocidental, para pessoas WEIRD.
Agora posso começar a explicar "Porque eu acredito que o Esperanto será a língua internacional do futuro". Primeiro, vamos nos basear na História, hoje a língua internacional é o inglês, mas em outras épocas poderíamos considerar o latim e o grego. O paradigma materialista econômico aceito pela maioria dos homens permite a qualquer país ou nação que se tornar mais influente, mais forte e dominante, submeter as demais nações ao julgo de sua cultura e consequentemente de sua língua. É claro que o mundo nunca antes em sua História esteve tão globalizado e internacionalizado como nos dias de hoje, nesta singularidade dos nossos tempos são as nações de língua inglesa as detentoras de grande poder na política mundial, por isso o inglês está sendo a língua internacional mais forte e em melhor opção para se estabelecer em definitivo como língua global. Todavia, precisamos ampliar nossa visão de tempo e aprender com a História. Não podemos pensar no futuro considerando apenas os últimos 150 anos de glória das nações anglo-saxãs. Por mais que estes últimos 150 anos de nossa história sejam os mais intensos e impactantes no globo como um todo, o futuro ainda está em aberto, rapidamente pode ocorrer uma inusitada mudança de ordem política-econômica-cultural.
Se voltássemos no tempo há 2000 anos e discutíssemos sobre qual seria a língua internacional do futuro, um cidadão do império romano muito provavelmente não diria ser o Inglês. Quem visse o império romano de dois milênios atrás dificilmente poderia imaginar que hoje ele estaria em ruínas. Por que não poderíamos aplicar esse exemplo nos dias de hoje? Todos os impérios que passaram pelo planeta tiveram seu tempo de nascer, crescer, atingir um ápice, declinar e morrer. O império consolidado pelas línguas inglesas seriam uma exceção? Uma língua que se propõe a ser duradoura e "universal" deve se associar ao mundo das ideias primeiro antes do mundo físico. O mundo físico é transitório, efêmero, está em constante mudança. O mundo das ideias é imperecível, você pode matar um homem, mas não consegue matar uma ideia. Foi essa essência ideológica forte que fez o cristianismo se estabelecer hoje a religião com maior número de adeptos no mundo. Eu comparo os esperantistas de hoje como os cristãos do século II, 133 anos depois da morte de Jesus de Nazaré na cruz. No século II, poucas pessoas levavam o cristianismo a sério, ele era uma minoria, a maioria dos homens e nações de fama do século II não apostariam nas imensas proporções e desdobramentos que o cristianismo seria capaz de acarretar no futuro da humanidade. Por que hoje, no segundo século do nascimento do Esperanto poderíamos duvidar do potencial dessa nova ideologia?
Lembramos do cristianismo e agora para ilustrar o problema da evolução ética-moral da cultura dos povos, vamos pensar na cultura Islã. Não podemos pensar no mundo ignorando a cultura do islamismo, os muçulmanos são tão expressivos numericamente quanto os cristãos, há projeções estatísticas que indicam uma ultrapassagem do Islã ao cristianismo em número de adeptos até o fim deste século. O Islã tem preferência pelo idioma árabe, isso em virtude do Alcorão, seu livro sagrado, ter sido revelado pelo profeta Maomé em árabe e também pela beleza sonora de se ouvir a declamação dos textos contidos no Alcorão no idioma original. A cultura dos países de predomínio muçulmano também possui forte influência do idioma árabe. Muito dos valores morais dos países de predomínio do idioma inglês são bem diferentes e até mesmo antagônico aos valores morais da cultura árabe, sem falar dos recorrentes conflitos políticos entre as nações desses dois mundos linguísticos diferentes. Sabendo dessas hostilidades históricas, da expansão de ambas as culturas, como conciliar por parte dos muçulmanos a supremacia internacional do inglês ao árabe ou vice-versa?
A evolução ética-moral da cultura dos povos mostra que século após século o homem avança um pouco mais no desenvolvimento de suas leis, de seus costumes, de seus conhecimentos e culturas. A Declaração do Direito dos Homens é um exemplo, a valorização das mulheres e o combate ao preconceito racista outro exemplo de avanço da mentalidade humana. A evolução do conceito de Justiça é a alavanca ética-moral dos povos e com base nessa ideia o Esperanto ganha força e tem destino promissor. O Esperanto não é apenas uma língua planejada, o Esperanto representa uma filosofia, um modo de pensar, um estilo de vida que tem como objetivo principal não ter supremacia em relação a outras filosofias, línguas e estilos de vida, mas sim colaborar com a fraternidade entre os povos e nações do mundo todo por meio de uma comunicação em língua neutra. Muitos podem dizer que a língua Inglês, ou qualquer outra língua, também busca colaborar com a paz na Terra e fraternidade entre os homens, não duvido dessa intenção, mas há um problema intrínseco nessa boa intenção que fere o conceito de orgulho dos homens e quando o orgulho dos homens é ferido dificilmente há fraternidade. Todos nós temos orgulho, querendo ou não, não gostamos de nos sentir ou pensar que valemos menos do que os outros, na verdade os seres humanos não devem ser vistos como inferiores ou superiores uns aos outros, mas sim como seres únicos, como "fim em si mesmo" nos dizeres do filósofo Kant. Da mesma forma vejo as línguas, elas também expressam os indivíduos e povos, cada língua deve ser vista como um "fim em si mesmo". O Esperanto não fere a dignidade de nenhum povo justamente porque ele não está associado a nenhum povo ou país em específico, o Esperanto é mais despersonalizado, mais neutro do que qualquer outra língua, por isso poderia melhor colaborar com a fraternidade entre os homens.
Por fim, mas não menos importante, ressaltamos o caráter da revelação espírita em aprovação e consonância com a difusão do Esperanto. Sem pretensões, posso dizer que tenho um pouco mais de conhecimento de causa do Espiritismo, afinal nasci e cresci em família espírita e também sou bem integrado ao movimento espírita de minha cidade. Emmanuel, um dos principais espíritos responsáveis pela divulgação do Espiritismo no Brasil, juntamente com o médium Chico Xavier, em várias mensagens reforça o valor do Esperanto e incentiva seu estudo. Não só Emmanuel, mas vários outros espíritos nobres por meio de diversos médiuns respeitáveis dos mais variados lugares do mundo e em vários momentos diferentes desde o nascimento do Esperanto em 1887 são coerentes em acreditar no projeto esperantistas para solução dos problemas de comunicação entre os povos.
O Espiritismo defende a ideia da evolução moral e espiritual do planeta Terra, atualmente viveríamos em período de transição entre duas fases claramente distintas, de maneira geral, estaríamos saindo do estágio de mundo de provas e expiações (onde há predominância do mal sobre o bem) para o estágio de mundo de regeneração (onde o homem teria mais consciência da necessidade de viver a fraternidade). O Espiritismo diz que nesse terceiro milênio a humanidade estaria predestinada a viver a sua regeneração e, para tal período, os espíritos responsáveis pela condução deste processo já teriam definido e legitimado o Esperanto como a língua do estágio de regeneração. Mesmo havendo espíritas encarnados que não levem a sério o Esperanto, muitos inclusive gostariam que houvesse uma retratação por parte das instituições espíritas que defendem a difusão do Esperanto, a contragosto os espíritos desencarnados guias do Espiritismo continuam acreditando e convocando os homens ao ideal esperantistas de fraternidade. Em síntese, esses espíritos superiores dizem que não é conveniente para o período de regeneração da Terra a apropriação de um idioma (inglês, por exemplo) contaminado por impressões deletérias desagregadoras devido o seu uso em ações de domínio cultural, político e econômico. Esses guias da humanidade, mereceriam nossa consideração em razão de possuírem uma visão liberta da transitoriedade do mundo material, mais ampla e nítida da realidade dos fatos, diferente de nós, encarnados, que temos a visão embotada pelos preconceitos.
Enfim, diante do exposto, digo com tranquilidade, com segurança e esperança: O Esperanto será a língua internacional do futuro! Digo isso não porquê sou espírita e os espíritos também acreditarem nisso. Digo isso porquê vejo lógica e razão em acreditar nisso. Quando será esse futuro? Isso não sou capaz de precisar, mas arriscaria dizer que esse futuro seja daqui uns 200 anos, quem sabe? 200 anos na história da humanidade é logo ali.
submitted by assis96 to Esperanto [link] [comments]

Sistemas de Saúde: Orçamento e Performance

Boa tarde brasil
Vejo muitas pessoas falando de sistemas de saúde, seja do Brasil, dos EUA, da Europa ou da famosa ilha caribenha que todos amam odiar em termos de resultados, custos e eficiência.
Queria fazer uma comparação rápida aqui entre a performance e investimento dos sistemas de saúde de 4 países diferentes: Brasil, EUA, Reino Unido e Cuba. Meu objetivo aqui é propor algumas variáveis para balizar o papo sobre investimentos de saúde focando em performance e custos.
Todos os dados foram obtidos pelo Global Health Observatory.

Performance

Para performance vamos usar 3 variáveis:
Expectativa de vida ao nascer (em anos, 2016)
Serve como um termômetro geral da saúde de uma população. Virtualmente todas as variáveis de saúde interferem neste número então ele é bastante útil para ter uma ideia geral porém inespecífico já que é difícil saber qual variável está em ação apenas com este dado
Mortalidade na faixa etária de < 5 anos (mortes por mil nascidos vivos, 2018)
Mortalidade infantil. Serve bem como parâmetro dos cuidados infantis, um fator de grande peso na expectativa de vida e uma das prioridades instintivas dos seres humanos de cuidar de suas crianças
Mortalidade na faixa etária 15-60 anos (mortes por 1.000 habitantes, 2016)
Número de mortes nessa faixa etária a cada 1000 pessoas. São mortes potencialmente evitáveis: não é esperado que uma pessoa venha a falecer nessa faixa, ao chegar aos 15 anos passou pelo principal período de vulnerabilidade da infância e vai ficar longe dele até se tornar idoso. Aqui também temos múltiplas causas de mortalidade, mas são, em sua maior parte, passíveis de ações de saúde, ou seja, um bom sistema de saúde diminui esse número e também contribui lá pra expectativa de vida geral
Simples não? Um medidor geral, um para medir causas infantis e outro para medir as questões de saúde mais "comuns".

Custos

PIB per capita (em dólares, dados de 2013)
A soma de toda a produção do país como termômetro geral para sua capacidade econômica, dividida por habitante para ter uma ideia dos recursos que o país dispõe para TODAS as suas ações.
Percentual do orçamento de saúde frente ao PIB (%, 2014)
Dado direto: quantos porcento do PIB do país são direcionados para o sistema de saúde (desde valores gastos com tratamentos até a receita de seguradoras)
Orçamento de saúde per capita (em dólares, 2014):
Quanto o sistema de saúde dispõe por pessoa para fazer tudo (desde pagar insumos até lucrar no caso de sistemas privados) por habitante.
Bastante objetivo aqui também: uma variável para ter ideia do tamanho da economia do país, uma para ter ideia do orçamento do sistema de saúde e outra para ajudar a ver a famosa "eficiência" do sistema de saúde.
Vamos lá, aos dados:

CASO #1: Reino Unido
Um país desenvolvido, com um sistema público forte, primeiro sistema universal no mundo.

Expectativa de Vida (homem): 80 anos
Expectativa de Vida (mulher): 83 anos
Mortalidade Infantil: 4/1.000 nascidos vivos
Mortalidade Adulta (homem): 81/1.000 habitantes
Mortalidade adulta (mulher): 52/1.000 habitantes

PIB per capita: US$ 35.760,00
Orçamento saúde: 9.1% do PIB
Orçamento saúde (per capita): US$ 3.377
***
CASO #2: Estados Unidos
Maior economia mundial, notoriamente conhecido por privatizar seu sistema de saúde em prol da eficiência.

Expectativa de Vida (homem): 76 anos
Expectativa de Vida (mulher): 81 anos
Mortalidade Infantil: 6/1.000 nascidos vivos
Mortalidade Adulta (homem): 142/1.000 habitantes
Mortalidade adulta (mulher): 86/1.000 habitantes

PIB per capita: US$ 53.960,00
Orçamento saúde: 17.1% do PIB
Orçamento saúde (per capita): US$ 9.403,00
***
CASO #3: Brasil
Uma das principais economias do mundo, altamente populoso. O maior país em termos de população a se propor a fazer um sistema de saúde universal.

Expectativa de Vida (homem): 71 anos
Expectativa de Vida (mulher): 79 anos
Mortalidade Infantil: 14/1.000 nascidos vivos
Mortalidade Adulta (homem): 194/1.000 habitantes
Mortalidade adulta (mulher): 91/1.000 habitantes

PIB per capita: US$ 14.750,00
Orçamento saúde: 8.3% do PIB
Orçamento saúde (per capita): US$ 1.318,00
***
CASO #4: Cuba
Único país socialista das Américas, notório pelo embargo econômico e por ter uma população significativamente menor do que os demais países.

Expectativa de Vida (homem): 77 anos
Expectativa de Vida (mulher): 81 anos
Mortalidade Infantil: 5/1.000 nascidos vivos
Mortalidade Adulta (homem): 116/1.000 habitantes
Mortalidade adulta (mulher): 68/1.000 habitantes

PIB per capita: US$ 18.520,00
Orçamento saúde: 11.1% do PIB
Orçamento saúde (per capita): US$ 2.475,00
***
Acho interessante deixar em aberto para cada um poder chegar nas suas conclusões a partir destes dados. Deixo apenas alguns pontos para instigar a conversa meus queridos leitores:
1) Reino Unido tem uma performance melhor do que os EUA por todas as métricas. Faz você pensar como seria o sistema de saúde deles se dispusessem de US$ 9.000,00 por habitante
2) Cuba tem uma performance no mínimo equivalente à dos EUA por todas as métricas. Faz você pensar como seria o sistema de saúde deles se dispusessem de US$9.000,00 por habitante
3) O sistema de saúde privado dos EUA é um colosso em termos de porcentagem do PIB. Enorme e de eficiência bastante questionável.
4) O SUS tem um orçamento significativamente menor que TODOS os países avaliados. Proporcionalmente Cuba tem um orçamento 2x maior. Reino Unido 2.5x e os EUA mais de 8x.
5) Mano o Reino Unido manda bem nessa coisa de saúde.
6) PIB per capita de Cuba é maior do que o do Brasil - o que eu real não imaginava até fazer esse texto. Imagina se a galera que acha que socialista é tudo pobre ficar sabendo disso...
Existem várias comparações a ser feitas: Canadá tem gastos e performance ligeiramente superiores ao Reino Unido, o Japão que tem os melhores índices do mundo, a Rússia que é uma tragédia em termos de saúde e todos os outros países que podem ser avaliados por apresentarem distintas situações econômicas, desafios geográficos, população entre outros recortes possíveis.
É isso aí amigos, deixo aqui a fonte para quem quiser fuçar dados de outros países ou se aprofundar no tópico como um todo: https://www.who.int/countries/bra/en/
submitted by prmoreira23 to brasil [link] [comments]

Gestação Coletiva de Matrizes Suínas: tudo o que você precisa saber

A gestação coletiva de matrizes suínas é um novo modelo que traz mais competitividade para a suinocultura nacional, proporciona qualidade de vida às porcas no período da prenhez e ainda faz vivê-las por mais tempo. É a gestação coletiva, que já tem sido adotada por produtores brasileiros, visando a atender os princípios de bem-estar animal e as tendências do mercado internacional.
Quando utilizada corretamente pelo criador de suínos, junto a outros elementos importantes como um pisos para baias suínas adequados, aumenta o conforto e bem-estar das matrizes. O que melhora a qualidade e eficiência da reprodução dos animais dentro da fazenda.

O que é bem-estar animal?

O bem-estar animal não é mais opcional, e sim uma exigência regulatória de mercado. Segundo Broom e Fraser (1986), o bem-estar (BEA) de um indivíduo é seu estado em relação às suas tentativas de adaptar-se ao seu ambiente.
Importante esclarecer e especificar o que é bem-estar, segundo Hanne Martine Strabursvik Bem estar é a “ciência que estuda o efeito do manejo e tratamento do animal e busca efetivas soluções para evitar sofrimento desnecessário, e também limitar perdas econômicas”.
Assim, podemos dizer que o Bem-Estar Animal (BEA) pode ser definido como:
O estado físico e mental de um animal em relação às condições em que vive e morre.
Um animal experimenta um bom grau de bem-estar se o animal estiver saudável, confortável, bem nutrido, seguro, não estiver sofrendo de estados desagradáveis, como dor, medo e angústia, e for capaz de expressar comportamentos que são importantes para seu estado físico e mental.
A gestação coletiva de suínos já é bastante conhecida em diversos países do mundo. E a eficiência de sua aplicação é validada por suinocultores de praticamente todos os cantos do mundo.
Neste conteúdo, você vai saber tudo sobre a gestação coletiva de suínos. O que ela é, como pode ser implementada, seu funcionamento e as vantagens e benefícios para os suinocultores que a praticam.

Gestação coletiva de suínos, o que ela é afinal de contas

A gestação coletiva de matrizes suínas é uma das mais novas adesões em boas práticas para melhorar a suinocultura.
Essa prática consiste na substituição da forma como as matrizes suínas são mantidas em confinamento durante o período de gestação. Ela se baseia na mudança de um modelo individual para um coletivo no confinamento das matrizes prenhas.
A prática dominante na suinocultura era que cada matriz suína em gestação fosse colocada em uma baia individual. Ela ficaria assim durante toda a gestação, até o nascimento dos leitões.
O sistema de celas de gestação para porcas ainda é o mais usado no Brasil, com fêmeas mantidas isoladas, privadas de interagir com o grupo, andar ou explorar o ambiente.
Desde cerca de 1970, essa foi a prática mais comum no setor, considerada praticamente uma unanimidade. E é bem verdade que o uso de baias individuais melhorou a produtividade das matrizes e a qualidade do ambiente em termos sanitários.
Porém, levar em conta o bem-estar animal é uma necessidade cada dia mais presente. E por isso, mais e mais criadores estão adotando a gestação coletiva. Que nada mais é que passar a colocar as matrizes suínas prenhas em baias coletivas.

Como funciona a gestação coletiva das matrizes suínas

No Brasil, a Embrapa, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e várias universidades pesquisaram esse novo sistema de produção e estão realizando vários seminários para disseminação da nova metodologia de produção de suínos.
Em sua base, trata-se de colocar os animais em período gestacional em um único alojamento coletivo. Não há uso de baias individuais previstos neste sistema uma vez que esteja completamente assimilado pelo criador de porcos.
O que significa, neste caso, que as matrizes ficam em alojamentos coletivos durante todo o seu período de gestação até o nascimento dos leitões.
Porém, também é possível fazer uso tanto das baias individuais como coletivas durante a gestação das matrizes. Por exemplo, as matrizes podem ser colocadas em baias individuais durante um período da gestação (geralmente 4 a 5 semanas iniciais), e no período restante elas podem ser colocadas em baias de gestação coletivas.
A principal finalidade do sistema de gestação coletiva é dar mais conforto e bem-estar as matrizes, melhorando a sua saúde. O que também estimula uma melhor qualidade da produção de leitões e, futuramente, da carne dos animais.

Como essa melhoria no conforto e bem-estar é alcançado por essa prática

As baias coletivas permitem que as matrizes suínas possam se expressar e se manifestar com naturalidade durante a gestação.
Esta prática visa permitir que as porcas possam caminhar, se espreguiçar, fuçar a terra e muito mais. Sem falar que os suínos são animais gregários, que gostam de formar grupos de convívio. O que é estimulado pela gestação coletiva em oposição a gestação em gaiolas ou baias individuais.
Enfim, nas baias coletivas é possível que as matrizes possam agir com mais naturalidade e liberdade. E isso gera menos estresse para o animal pois permite que elas caminhem (o que melhora a qualidade das articulações, músculos e ossos), permite que elas interajam com as companheiras. Isso torna o ambiente mais complexo e mais apropriado para elas.
Ou seja, o uso das baias coletivas dá as matrizes um ambiente mais livre e que — por permitir que o animal se mova livremente — gera mais conforto e bem-estar durante a gestação dos leitões.
Mas o aumento do conforto e bem-estar não é garantido apenas pelo uso das baias coletivas. E existem requisitos gerais para que essas baias promovam mais qualidade de vida as matrizes durante a gestação.

Requisitos de espaço nas baias coletivas

Ao colocar a gestação coletiva de matrizes suínas na prática é importante que o criador tome alguns cuidados com requisitos para as baias.
Um deles é a densidade por matriz suína dentro da cocheira de gestação coletiva. A densidade mínima necessária para garantir o espaço adequado para as matrizes é de 2,4m² por matriz.
Sem essa densidade de espaço por matriz, as porcas gestantes não conseguem se movimentar bem e se acomodar corretamente nas baias. E com isso, a gestação coletiva de matrizes suínas fica prejudicada, pois não há como gerar conforto e bem-estar para os animais em espaços apertados.
É preciso levar esse detalhe em conta sempre na hora de começar a trabalhar com a gestação coletiva.

A gestação coletiva aumenta a produtividade das matrizes

Quando se fala de gestação coletiva de matrizes suínas, existe um mito comum de que ela poderia causar aborto. A base para essa ideia é que as porcas poderiam se movimentar muito durante a gestação, bem como brigarem entre si.
E esses dois fatores, movimentação excessiva e brigas entre as porcas, podem prejudicar os fetos e levar a morte prematura dos leitões.
No entanto, estudos recentes feitos pela Embrapa, Mapa e a Associação Brasileira de Criadores comprovam que isso não é verdade.
A taxa de parição é maior entre porcas que passam boa parte ou toda sua gestação em baias coletivas. Em muitas das análises, os índices de nascimento foram superiores a 90%, o que é uma significativa melhora na produtividade da criação.
Vale ressaltar ainda que as brigas entre as matrizes geralmente ocorrem quando há problemas no manejo e observação do sistema. Por exemplo, quando a ração não é distribuída em quantidades suficientes para as matrizes, podem haver brigas pelo recurso entre os animais.
Outro fator que pode levar a brigas e ferimentos nos animais em gestação é uma densidade inadequada por animal nas baias coletivas.

Alguns dados importantes da gestação coletiva

Até 2026, JBS, BRF e Aurora devem adotar o uso de gestação coletiva em todo seu plantel
Segundo o médico veterinário Cleandro Pazinato, o sistema de alojamento de gêmeas de gestação coletiva é um modelo de produção que tem tido uma aderência cada vez maior.
Nos Estados Unidos praticamente 1/3 de suas matrizes já são alojadas em gestação coletiva, na Austrália chegando próximo de 100%, Nova Zelândia já com 100% e a União Europeia desde 2013 com 100% do seu plantel alojada em baias de gestação coletiva.
A JBS S.A. confirmou que irá trabalhar para que toda a sua cadeia de fornecimento de suínos seja adaptada ao sistema de gestação coletiva até 2025, abandonando totalmente o uso de celas de gestação

Desafios da gestação coletiva para suinocultores

A gestação coletiva de matrizes suínas é uma prática que está se popularizando no Brasil. E que vai continuar ganhando mais e mais espaço no cenário nacional da suinocultura por conta dos benefícios que trás a criação de porcas.
Mesmo assim, é bom salientar que a gestação coletiva também possui seus desafios. Tanto na implementação quanto no trabalho contínuo com este sistema em uma criação de matrizes.
Um desses desafios é que a gestação coletiva é um sistema que demanda maior atenção e qualidade de manejo e supervisão das matrizes. É o que aponta o pesquisador Osmar Dalla Costa, que faz parte da unidade de suínos e aves da Embrapa.

Custos e oportunidades da adoção do sistema

O sistema de gestão coletiva de matrizes suínas gera, em algumas vezes, certa apreensão dos suinocultores.
Essa apreensão não é relacionada a um possível medo sobre o resultado entregue. A mudança para a gestação coletiva tem respaldo internacional de países como os Estados Unidos e Europa. A preocupação dos suinocultores com estes sistemas recai sobre os custos iniciais de aplicação.
Dependendo do sistema, o suinocultor precisará alterar estruturalmente a granja. Aquisição de equipamentos, adoção de novas técnicas de manejo e mesmo o treinamento de colaboradores está previsto entre os custos de implementação da gestação coletiva.
Porém, o aumento de produtividade e a abertura a novos mercados consumidores (estes preocupados com a elevação na qualidade da carne que o bem-estar animal gera) tornam o investimento compensatório.

A importância de um piso de qualidade para as baias

O piso das baias é um dos elementos chave para a boa implementação de um sistema de gestação coletiva.
É importante que a baia das matrizes conte com pisos de qualidade e que sejam adequados para suínos. Afinal, pisos ruins para as baias podem ser um ponto que vai gerar estresse no animal, podendo assim prejudicar a prática da gestação coletiva.
Pisos de concreto são abrasivos, ou seja causa o desgaste dos cascos das matrizes, e isso, predispõe a porca a rachaduras e lesões nos cascos.
E não só isso, pisos inadequados também podem levar as porcas a sofrerem com a claudicação.
Ao colocar em prática a gestação em grupos de matrizes suínas, o criador deve garantir que as baias tenham um piso de borracha adequado.
Tanto para garantir que os animais possam se locomover com segurança, evitando escorregões, quanto diminuindo a ocorrência de problemas nos cascos.

A Vedovati Pisos é o lugar certo para os pisos das suas baias coletivas

A Vedovati Pisos é uma das principais referências nacionais quando o assunto é pisos de borracha para animais (bovinos, suínos e equinos). Com anos de experiência em diversos segmentos pisos e estrados de borracha, temos compromissos em garantir qualidade, eficiência e o melhor retorno para o suinocultor.
Pecuaristas criadores de diversas espécies, entre elas suinocultores, encontram em nossos pisos o conforto e segurança que seus animais precisam.
Você que está aderindo a gestação coletiva de matrizes suínas confira hoje mesmo o nosso catálogo de pisos para suínos.
Com certeza, o piso de borracha adequado que mais atende a necessidade de suas matrizes está lá.
Quero conferir os pisos para matrizes suínas em gestação de grupo agora mesmo
PS: Participou como colaborador deste artigo Thiago Bernardino de Almeida, DVM, MSc, PHD Candidate.

https://www.vedovatipisos.com.bnoticias-artigos/gestacao-coletiva/
submitted by Vedovati_Pisos to u/Vedovati_Pisos [link] [comments]

Doenças crônicas de saúde, como hipertensão, diabetes e doenças cardíacas, aumentam o risco de morte do Covid-19?

Doenças crônicas de saúde, como hipertensão, diabetes e doenças cardíacas, aumentam o risco de morte do Covid-19?

Um novo estudo aponta a própria obesidade como culpada. Uma análise de milhares de pacientes tratados em um sistema de saúde do sul da Califórnia identificou a obesidade extrema como o principal fator de risco de morte entre os pacientes da Covid-19. Mais surpreendentemente, entre os adultos mais jovens e de meia-idade até 60 anos ou menos, e particularmente entre os homens.
Entre as mulheres com a doença, o índice de massa corporal - uma medida da gordura corporal com base na altura e no peso - não parece estar independentemente associado a um risco aumentado de morrer em qualquer idade, disseram os autores, possivelmente porque as mulheres têm peso diferente do que homens, que tendem a ter mais gordura visceral e abdominal. O estudo foi publicado na revista Annals of Internal Medicine.
A obesidade e o coronavírus são uma combinação perigosa por uma série de razões.
A obesidade causa restrição à respiração, tornando mais difícil limpar a pneumonia e outras infecções respiratórias. A gordura é biologicamente ativa e uma fonte de produtos químicos pró-inflamatórios, promovendo um estado de inflamação crônica no corpo antes mesmo de Covid-19 se instalar. A obesidade causa alterações metabólicas e anormalidades, mesmo na ausência de diabetes.
O estudo não é o primeiro a apontar a obesidade como responsável pelas mortes de Covid-19 em pessoas mais jovens. Embora os primeiros relatórios da China e da Itália não enfocassem a obesidade como um fator de risco independente, os médicos de outras partes do mundo, onde a obesidade é mais prevalente, foram rápidos em perceber que os indivíduos mais jovens que ficavam muito doentes frequentemente eram obesos.
Apenas 6% da população chinesa é obesa, em comparação com 20% da população da Itália, 24% da Espanha e 20% no Brasil. Os Estados Unidos, por outro lado, têm uma das maiores taxas de obesidade do mundo, 42%, e consequentemente o país com maior taxa de mortalidade do Covid-19.
Há muito trabalho que podemos fazer para combater melhor a Covid e muito que podemos fazer para melhorar nossas estratégias contra a obesidade, alimente bem, exercite-se, mude seus hábitos !
A academia é seu melhor remédio!
submitted by Fitburn to u/Fitburn [link] [comments]

Meu feedback sobre New World

I – INTRODUÇÃO

1.Olá, primeiramente, queria dizer que eu sou apenas um cara que gosta de jogar e ajudar as pessoas e, que as vezes algumas ideias surgem à mente, e assim aconteceu durante esse primeiro contato com o jogo e, por oportuno, explicar que aqui são apenas algumas ideias iniciais, que precisam ser trabalhadas, veja bem, ideias, um ponto de vista pessoal, ou seja, apenas uma opinião pessoal como jogador.

2.Eu começo dizendo ainda: difícil não é você conseguir players para um novo jogo, mas sim mantê-los.

3.Aqui estão apenas algumas idéias e análises pessoais de um jogador comum. Muitas coisas que estarão aqui são ideias iniciais e esboços prematuros. Antes de começar, queria deixar uma visão rápida sobre o que eu penso da realidade dos MMORPGs ao longo do tempo:

  1. O mundo já não é mais como era há 10, 20 anos atrás. As tecnologias e as informações estão cada vez mais intensas e aceleradas. Dito isso, na minha análise como jogador há mais de 20 anos, eu percebo que muitas "empresas tradicionais" não acompanharam essa revolução tecno-científica no mesmo ritmo em que elas aconteceram, tanto é que muitas delas, precursoras de alguns gêneros, somam mais prejuízos do que lucro.

  1. Na primeira década do século, podíamos contar nos dedos de uma das mãos os grandes e pioneiros jogos de MMORPG, dentre outros gêneros semelhantes.

  1. Muitos de nós, hoje com seus trinta e poucos anos, ou quase lá, de existência, estávamos na adolescência e começando a engajar nesse universo dos MMORPG, passando horas e horas do nosso tempo imersos em determinado game da espécie.

  1. Pois bem, o tempo passou, e aquela galera que crescia junto com os primeiros MMORPGs foram se ocupando com seus empregos, estudos, família, enfim, já não tinham mais tanto tempo livre para despender aos MMORPG da época, que exigiam e recompensavam os jogadores mais imersivos e dedicados exclusivamente ao jogo.

  1. Nesse contexto, juntamente com o avanço acelerado da globalização, algumas empresas foram rápidas e perspicazes ao perceberem a tempo essas mudanças no mercado. Eis então que surgem e se popularizam gêneros como por exemplo: os mobas, battle royale, os hack and slash, os action rpgs entre outros.

  1. Aqui não vou me alongar muito sobre o tema, apenas dizer que esses gêneros conseguiram contemplar uma gama muito maior de jogadores, como, por exemplo, aqueles que não tem muito tempo para dispor ao game e, também obtiveram uma fatia maior ainda de mercado. Consequentemente, por obterem êxito com essa façanha, muitos jogos explodiram e se popularizam virando fenômenos, trazendo cada dia mais e mais adeptos ao seu nicho.

  1. Agora, no cenário atual, o jogador que joga 12 horas por dia e o jogador que joga apenas duas horas, estão num cenário de igualdade. Uma vez que o mundo e o mercado mudou, o foco dos games mudou, as pessoas mudaram, as tecnologias mudaram. Porém, muitas empresas, que desprezaram até a própria comunidade, não conseguiriam enxergar isso e foram à falência, já dizia Cássia Eller: “Mudaram as estações e nada mudou...♫”

  1. É possível perceber, que esses novos jogos buscam manter sempre um cenário justo, equilibrado, alinhado a diversão, interação e o constante progresso, valorizando outros aspectos em detrimento ao tempo gasto com o jogo e execuções de ações massivas, repetitivas e cansativas. Agora há um equilíbrio natural, o principio fim é, por exemplo, a habilidade individual e o raciocínio de cada jogador, e não mais nos itens e nas vantagens dos leveis que o jogador adquiriu jogando 25 horas por dia. Agora, para você conseguir progredir no game e estar entre os melhores, não é preciso ser um “crackudo” e totalmente aquém da realidade.

  1. Dito isso, deixo algumas questões? Qual caminho New World quer seguir? O que New World quer contemplar? Qual o público alvo do New World?

  1. Eu acredito que assim como algumas novas empresas estão fazendo e, conseguindo sucesso com isso, a Amazon, com o New World, pode focar o máximo possível na igualdade e num sistema justo de progressão, encaminhar as dificuldade e os desafios dentro do jogo para o ponto certo, e não mais ficar na mesmice falida de sempre.

  1. Se a Amazon conseguir isso, New World tem um potencial enorme de crescimento e de dar um passo importante para uma nova era dos gêneros de MMORPGs . Mas para isso, na minha singela opinião, é preciso deixar de lado alguns preceitos ultrapassados que já não se enquadram mais no mercado atual.

  1. Dessa forma, é necessário reinventar e criar novos paradigmas e, antes de mais nada, é fundamental ter muita coragem e não ter medo de errar, para que no fim, não seja apenas mais um no meio de tantos jogos horríveis que já existem, e que ainda insistem na mesmice ultrapassada de outrora.


II – OBSERVAÇÕES INICIAIS SOBRE NEW WORLD


  1. Acredito que New World precisa ter um proposito inicial mais conciso, seja para atrair novos jogadores, seja para mantê-los. É preciso haver uma ideia central que faça com que o game não se torne algo repetitivo, enjoativo e com um fim precoce.

  1. Como fazer isso? Primeiro de tudo, o game deve ter um sistema justo e igualitário para todos. Como assim? Deve recompensar dentro das proporções todos os jogadores de maneira igual, seja o que joga sozinho, seja o que joga em grupo, seja o que joga 20 horas por dia, seja o que joga duas horas, ponto.

  1. O quesito, por exemplo, da "sorte aleatória", pode ser bem melhor trabalhado para esse aspecto. Abordo esse tema melhor no item VIII do tópico. Isso possibilita que os jogadores tenham em mente que em New World a qualquer momento a sua sorte pode mudar, e que mesmo você jogando pouco tempo, você pode ter a chance de ser agraciado de alguma forma com a sorte.

  1. Outra fundamental observação é que devem existir temporadas sazonais, sempre com atualizações e novidades, em busca de a cada nova temporada aprimorar o conteúdo que já existe.

  1. Eu não acredito que o jogo deveria ter uma transição engessada, por exemplo: começa aqui, vai pra ali, e depois terminar lá, mas também não deve ser algo desorganizado e sem sentido, é preciso limitar algumas progressões precoce demais, criar um sistema de penalidades de ganho de experiência, assim tudo terá seu devido tempo para acontecer. O que eu mais tenho observado são players leveis baixos correndo e atravessando para áreas que tecnicamente deveria ser mais perigosa ou restritas para eles no momento. Acredito que as busca pelo level máximo não deva ser algo com grande impacto dentro do jogo, mas também não deve ser desprezado tão facilmente, o foco do jogo não deve ser farmar, farmar, farmar, farmar, farmar, tal área, ou tal monstro. O foco não deve ser o level máximo e suas vantagens extrapoladas. Sinceramente, existem infinitos e melhores aspectos a serem exploradas do que isso.

  1. Dá pra perceber que o jogo mistura um pouco a história da alta e baixa idade média juntamente com o início da formação dos primeiros burgos. O território se divide numa espécie de suserania e vassalagem e mistura a ideia de um feudo/burgo.

  1. Um grande problema que deu pra perceber nesse primeiro teste, é justamente a questão territorial, aparentemente os players tendem a se agrupar na facção que possui mais domínio de terras e mais faccionados afim de buscar mais facilidade dentro do jogo. Isso é preciso ser corrigido, criando algum sistema de equilíbrio natural, fazendo com que esta questão não tenha tanto impacto no jogo.

  1. Acredito que toda facção devia ter pelo menos 1 território permanente e estável sob seu domínio. E que essa questão territorial não influencie significativamente na progressão individual dos jogadores e nas conquistas de desempenho.


III – FLANDERS

  1. Eu acho que seria genial, desde logo, mostrar ao jogador de New World, que o mundo, ao qual ele pertence, é um universo de constante e incansáveis guerras, paralelo a luta pela sobrevivência e a oportunidade de ter seu nome na história, de ser reconhecido no universo a qual ele pertence, seja pelos seus feitos, maestrias, conquistas, habilidade, enfim.

  1. Antes de falar sobre o que acho sobre o sistema de guerra de New World, quero começar pelo sistema de “zona de Flanders”. Para quem não conhece, Flanders (atual Bélgica) foi uma região de intensa batalha entre França e a Inglaterra pelo controle do Canal da Mancha, um local de comercio lucrativo e ponto estratégico para quem o dominasse, e que deu contornos a “Guerra dos 100 anos”.

  1. New world poderia trazer áreas de intensas batalhas e diversas disputas, essas áreas seriam zonas neutras de pvp obrigatório, monstros e bosses de extrema dificuldade e difíceis de matar, porém o foco dessas áreas jamais poderia ser a experiência de leveling ou loot, mas sim a sobrevivência e o combate frenético. As facções estariam em intensas disputa, estariam preocupados em matar os super Bosses, matar as facções rivais e sobreviver. Não podem por exemplo ser aceito formação de grupo nessas áreas (precisa ser estudado). No final, conseguem as recompensas pela morte do Boss, se conseguirem mata-lo, apenas os membros da facção que causou mais dano à ele. Deve ser uma área com desafios difíceis pela sobrevivência. Para essas áreas podem haver por exemplo 3 divisões, até o lvl 20, do lvl 21 ao 40, e do level 41 ao 60, restringindo o acesso de cada area pelo level e títulos (vou falar sobre eles abaixo) dos jogadores. Novamente, o equilíbrio é tudo. Acho que pra uma ideia inicial nesse sentindo é isso.


IV – RANK E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O PVP

  1. Um sistema de rank das mais variadas categorias deve haver em new world, é mais um objetivo a ser almejado pelos jogadores. Desde da divisão por quantidade de abate, até a divisão de level de colheita e ouro.

  1. Por exemplo, um divisão para o rank de abates e mortes, com algumas peculiaridades. Uma ideia inicial nesse sentindo seria: para cada abate que você conseguir no mundo aberto você soma 2 pontos no rank, para cada morte você diminui -1 ponto. Abater jogadores 10 leveis menores que o seu, você não pontua, morrer para jogadores 10 leveis menores que você, você perde -5 pontos. Matar jogadores com 10+ leveis maiores que o seu você soma 5 pontos. Deve haver também um sistema que pontue a assistência nos abates, para contemplar todos, principalmente aqueles que querem focar seus personagens em cura e proteção por exemplo.

  1. É preciso estudar também, como funcionaria o abate e a morte do jogador estando em um grupo.

  1. Durante a guerra os abates não contabilizam, há tão somente uma nota geral pela vitória ou pela derrota.

  1. O pvp em mundo aberto: deve acontecer num cenário mais justo possível, se o jogador for abatido por um grupo, o jogador que morreu não deve ter tantos prejuízos, isso se eles estiver solo, e o grupo que o matou não deve ter tantos benefícios, no fim o jogo deve contemplar sempre um ambiente justo e equilibrado. Consegue êxito por exemplo, aquele que tem uma melhor habilidade de combate, independente apenas dos itens que carrega, que montou uma emboscada bem sucedida, que atacou na hora certa, que conhece os limites do seu personagem, que sabe usar um contra-ataque, que combinou melhor seus pontos de habilidade, enfim. E na guerra vai vencer o que tem uma melhor estratégia, uma melhor tática, que sabe a hora de atacar, recuar. É preciso criar um sistema justo, durante o tópico vou deixar algumas outras ideias de como poderia ser isso.

  1. Basicamente é deixar claro que você ter um item lendário, não deve lhe tornar uma lenda.

  1. O jogo deve primar sempre pelo justo e o equilíbrio.

  1. Ayrton Sena e eu, cada um com uma Ferrari igual, mas no final a gente sabe o resultado, o melhor sempre ganha é claro, que nesse caso seria eu, obviamente, :rofl:. Mas deixando a brincadeira de lado, o que eu quero dizer com isso é que a vitória deve acontecer não porque o carro desse ou daquele é melhor, e sim porque naquele momento, naquela disputa, quem estava no volante foi melhor. Mantendo a analogia, na realidade atual, quem ganha é quem tem o melhor carro. Agora eu pergunto, atualmente, quem assiste, se entretém e se empolga com a Formula 1? É apenas uma analogia exemplificativa.


V – SISTEMA DE CONDUTA

  1. ​​Minha ideia principal neste item é o sistema de conduta junto com o faccionado renegado.

  1. Para entender minha ideia, primeiro quero que você entenda um pouco como ela é desenhada em minha mente. Eu dividi a conduta dos jogadores em duas, vou chamá-las de conduta azul e vermelha.

  1. Faço parte de uma facção, mas não gostei e quero mudar, posso? Depende, você está disposto a pagar o preço? Você será caçado por sua traição, seu nome estará nos murais das cidades e uma recompensa por sua cabeça será imposta, os membros da sua atual facção irão lhe caçar em busca da recompensa e de vingar sua traição.

38.CONDUTA AZUL: você ganharia pontos de conduta azul quando trabalhar em prol da facção, para cada boa conduta você ganha pontos de conduta azul, por exemplo, participação em guerras e invasões, abate de membros de outra facção, etc.

39.CONDUTA VERMELHA: seria o oposto da conduta azul, a cada “sabotagem” você perde a conduta azul, zerando sua conduta azul, ela fica negativa e começa a ficar vermelha, ao atingir uma certa quantidade de conduta vermelha você pode trocar de facção. Para ativar os pontos negativos de perda de conduta e ganho de conduta vermelha, você precisa encontrar um NPC que aparece em áreas aleatórias de vez em quando. Não pode ser previsível. Você fará uma missão que lhe permitirá realizar atos de traição ou sabotagem, como, por exemplo, matar membros de sua facção atual, a partir do momento em que você faz o primeiro ato de traição em busca de ativar a conduta vermelha, você já está marcado para morrer por causa da traição. Quanto mais atos de traição você fizer, maior será a recompensa por sua cabeça. Quando você trabalha contra a facção em busca de ser um renegado, sua cabeça está em alta e as punições são severas, ainda é preciso trabalhar nessa ideia, é apenas um esboço inicial.

  1. Uma das muitas consequências dentro da mudança de facção pode ser que o jogador perca todo o progresso de classificação, conquista e itens dentro dos armazéns de sua antiga facção, algo mais ou menos nesse sentido.

  1. Marechais e membros de altos cargos não podem mudar de facção. É preciso encontrar um título ou um limite em que a mudança é possível e o jogador se torna um renegado.


VI – TÍTULOS

  1. Acho que isso é uma oportunidade única.

  1. Implementar um sistema de títulos é um desafio e objetivo adicional para os jogadores almejarem dentro do jogo. Mas não é qualquer sistema. É um sistema único, grandioso e revolucionário.

  1. O que seriam os títulos? Primeiro, os nomes aqui são apenas para exemplificar algo que pode ser muito melhor trabalhado.

  1. Em primeiro lugar, cada facção deve ter seu “Marechal”, é mais um objetivo para os jogadores perquirirem dentro do jogo.

  1. O título de Marechal de uma facção nada mais é do que seu representante de honra e comandante máximo dentro do jogo, e esse título deve ser temporário e obtido por meio de eleição e / ou disputa em um grande evento de batalha entre os integrantes da facção, que preenchendo alguns requisitos e outros títulos pré-existentes poderão disputar essa posição.

  1. Mas para você ser um Marechal, você precisará primeiro ter alguns outros títulos, só então você poderá competir pela vaga de Marechal, em um grande coliseu, por exemplo.

  1. Todos os jogadores que foram inscritos para competir pela vaga do Marechal, competiram em um campeonato de disputa 1vs1 pelo título, até que remanesçam apenas dois que disputarão o confronto final pelo título de Marechal.

  1. Como você se qualifica para competir pelo título de Marechal?

  1. Para entender isso, você deve primeiro entender como isso é desenhado em minha cabeça:

  1. New World, a meu ver, tem uma grande oportunidade de revolucionar os jogos MMORPG. Uma chance de ouro. Faltam apenas alguns ajustes e um propósito único, grandioso e consistente.

  1. Minha ideia consiste em alguns “planos de carreira”, novamente são apenas nomes exemplificativos. Se você ama pvp, venha jogar New World, se você ama pve, venha jogar New World, sem você adorar criar e construir, venha jogar New World, se você gosta de andar pelo mapa e ser um explorador, venha jogar New World, se você quer ser muito rico e exibir suas conquistas, venha jogar New World.

  1. Em New World não deve existir aquela mesmice engessada de sempre, mago, cavaleiro, curandeiro, arqueiro, não, não e não. Em New World cada jogador montará sua própria “classe” de acordo com seu perfil, estilo de jogo e objetivos dentro do jogo. Por exemplo, você adora o pvp? Então busque os títulos e conquistas que te fortalecerão nesse quesito. Você ama o craft? Então busque os títulos e conquistas que te fortalecerão nisso. Você é um jogador mais focado no pve? Faço o mesmo, busque seus títulos e conquistas para você conseguir se destacar nessa area. O que eu quero dizer com isso é que com um sistema único e infinito você pode finalmente moldar seu personagem de acordo com suas pretensões, nenhum personagem será igual ao outro. Você quer usar bastões mágicos com foco no pve? Você então buscará dentro do jogo quais conquistas e títulos combinaram com sua maestria, itens, perfil, status, pretensões, enfim, as possibilidades são infinitas.

  1. Eu acredito que cada facção precisará de jogadores das mais diversas áreas, jogadores com habilidades de pvp, jogadores com habilidades de pve, jogadores com habilidades de artesanato, jogadores com muito dinheiro para financiar a manutenção das cidades e guerras, todos são importantes dentro de New World, independente do level e perfil do jogador, todos têm um papel dentro do jogo.

  1. Se o jogador quiser ser um expert em combate pvp, ele vai buscar uma carreira ideal que se encaixe com o seu perfil e lhe proporcione isso, primeiro focar em um titulo máximo e nas combinações de conquistas adjacentes que ele achar melhor para seu estilo, como por exemplo: General ( mais focado em combate corpo a corpo), Alquimista-mor( mais focado em dano magico e bastões mágicos), Mestre-Sacerdote (dano magico e cura), etc... São apenas alguns nomes exemplificativos.

  1. Se o jogador quiser se especializar em lutar contra bosses e monstros épicos e lendários, ele buscará o título e os caminhos para ser um Mestre Caçador.

  1. Se o jogador quiser ser um Mestre Artesão, com crafts poderosos, valiosos e exclusivos, que só ele pode fazer, então seguirá este caminho profissional.

  1. Se o jogador quiser ter muito dinheiro, com grandes aquisições, vantagens comerciais, casas, ele buscará o título de Barão-mineiro.

  1. As possibilidades são infinitas, as combinações de maestria, armas, estilo de jogo, títulos, interesses, objetivos, tudo, é um imenso mundo a ser explorado.

  1. Com alguns ajustes aqui e ali, este jogo se torna o melhor.

  1. Exemplo disso? Se você quer ser um artesão, seus serviços serão solicitados, pois somente você poderá fabricar certos itens com a possibilidade de conseguir modificações raras e valiosas, por exemplo, somente você poderá esfolar certos monstros que precisam um alto grau de maestria, e esse nível apenas os artesãos podem alcançar.

  1. Neste ponto do item, seria um mundo extraordinário, se New World seguisse esse caminho: Se ao invés de todos os monstros soltarem o mesmo item por exemplo: “couro cru”, por que não soltar itens específicos, como: couro de lobo, couro de coelho, couro de crocodilo, isso iria expandir um universo de craft extraordinário, um mercado único, os jogadores quem quiserem ser artesões teria algumas vantagens ao escolher essa carreira, só eles que poderiam esfolar alguns monstros e manejar crafts mais complexos. Esses comentários são apenas algumas ideais e exemplos que precisam ser explorados e trabalhados.

  1. O mesmo vale para o jogador que quer ser um Barão-mineiro, você com esse título máximo, pode ir até o nível 100 de mineração por exemplo. Sem o título, você só pode ir até 50, por exemplo. São ideias e combinações infinitas.

  1. O mais importante é que cada título tenha um “Plano de Carreira”.

  1. Por exemplo, se o seu forte é o combate corpo a corpo e você é focado no pvp, eu diria que você ia querer seguir a carreira de General, começando com o primeiro título de soldado, depois de algumas conquistas torna-se sargento e assim por diante até chegar ao último posto de general. Os nomes são apenas exemplares. Se esse é o seu propósito dentro do jogo, estar focado na guerra, combate corpo a corpo e no pvp, você vai buscar fazer conquistas e adquirir os melhores títulos que combinem com seu personagem, itens, maestria, etc.

  1. Ou talvez você queira dominar a arte da magia ou da cura e seguir a carreira de curandeiro ou mago. De qualquer forma, as possibilidades são imensas.

  1. O segredo e o desafio seria encontrar a melhor construção para o seu perfil, entre seus títulos, maestria, equipamentos, atributos e finalidades, por exemplo, você é um grande jogador de pvp, a lenda do combate, porém, em uma invasão de monstros os jogadores mais focados no pve, que são especialistas em abater monstros, teriam uma pequena vantagem nesse quesito, já que essa seria sua especialização. Mas cuidado, não são apenas os caçadores que poderão matar ou impactar os lendários bosses e monstros, apenas terão uma ligeira vantagem neste aspecto, pois essa seria sua carreira e função dentro do jogo, eles nasceram para isso.

  1. Se um jogador quer estar focado no pvp, mas também quer uma melhor performance para matar monstros, por exemplo, ele deve investir um pouco mais para ter uma melhor performance na luta contra monstros, e encontrar qual combinação de títulos é melhor para ele. Existem desafios e possibilidades a serem estudados, que cada jogador terá que descobrir dentro do jogo, qual o seu perfil?!.

  1. Por exemplo como seria um modelo disso na minha cabeça:

Exemplo 1
Eu quero ser um jogador focado no pvp e combate corpo a corpo:

Carreira de General
I - Título de soldado: +3 de força
II - Título de sargento: +2% de dano com arma de uma mão contra players
III - Título de tenente: +2% de resistência física e magica contra jogadores
IV - Título de capitão: +5 de força
V – General: +5% de danos contra player segurando arma de uma mão ou escudo

Exemplo 2
Eu quero ser um jogador focado no PVE e combate a distância:

Carreira de Grão Mestre Caçador
I – Título caçador 1: +3 de destreza
II –Título caçador 2: +5% de dano contra monstros
III – Título caçador 3: +5% de resistência contra monstros
IV – Título caçador 4: +5 de destreza
V – Grão Mestre Caçador: +10% de dano a distância contra monstro

  1. Os bônus dos títulos dentro do jogo, é algo a ser estudado e trabalhado cuidadosa e profundamente.

  1. Neste sistema, novamente, apenas um exemplo, cada jogador só poderia habilitar um único grande título principal ou plano de carreira principal e ter um número limitado de especializações menores. É um universo a ser explorado.


VII – LIMITES E PENALIDADES

  1. Aqui não tem muito segredo, o jogo precisa ser o mais amplo possível, não deve haver muitas restrições de uso de itens, você pode usar o que quiser, desde que preencha alguns requisitos.

  1. Os status precisam ser melhor trabalhados. Combinar determinada quantidade de atributo necessário para usar um item e/ou upar uma habilidade de maestria é algo que pode ser bem melhor trabalhado. Pode acrescentar também combinações com os títulos e plano de carreia. São muitas possibilidades.

  1. É preciso haver sistema de penalidades para ganho de experiência e formação de grupo, tanto para pve como pvp. Isso evita uma serie de problemas dentro do jogo, por exemplo, que players inexperientes e leveis baixos sejam “carregados” por outros jogadores até um momento do jogo ao qual eles não deveriam estar.


VIII – ÁREAS EXPLORÁVEIS E MONSTROS MISTERIOSOS

  1. Em primeiro lugar, para entender como isso está em minha mente, isso deve ser encarado como algo extremamente raro e completamente aleatório.

  1. A ideia não é algo: “Eu vou entrar no jogo e fazer isso”. NÃO, você não vai.

  1. É algo assim: você está caminhando no mundo aberto, no meio do nada, não é um lugar específico, não é um monstro específico, não é um momento específico, é simplesmente aleatório, não é um respawn fixo, não é você quem decide, não há cálculo, não há uma forma de você “farmar” isso, é algo totalmente imprevisível, ao acaso e por sorte.

  1. De repente você vê, não sei, um coelho diferente (monstro mistérioso), você mata e quando analisa e você tem a POSSIBILIDADE de conseguir algo valioso, veja só, eu disse que você tem a POSSOBILIDADE, por exemplo, de conseguir uma pedra valiosa, ou um componente que pode ser usado para um craft valioso, etc. Veja bem, e atenção, além desses monstros misteriosos aparecerem de maneira totalmente aleatória, a chance de conseguir alguma coisa deles também é totalmente dependente da sorte.

  1. Outra coisa que poderia existir com a mesma ideia, são áreas e / ou objetos exploráveis. Uma gruta misteriosa por exemplo, uma garrafa no meio do rio, um arbusto, coisas que o jogador tem a opção de explorar ou entrar. Mas, novamente, são coisas totalmente aleatórias, que não estão disponíveis para sempre, possuem um curto período de tempo para serem exploradas.


IX – OUTRAS IDEIAS POSSÍVEIS


  1. Futuramente, caso a comunidade e o jogo queiram implementar montarias, ou algo do tipo, é preciso criar um sistema totalmente equilibrado e muito bem elaborado, e que não tenha grande impacto na jogabilidade, eu tenho uma ideia inicial para esse sistema, onde a montaria serve ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE para o deslocamento. E o jogador terá que pensar com muito cuidado se vale a pena usá-la para uma determinada viagem.

  1. O jogador não poderá usar a montaria o tempo todo.

  1. Haverá restrições de área para montarias.

  1. O cavalo terá uma barra de energia que tem um tempo de recarga considerável, se o jogador quiser ir para uma área muito longe o cavalo pode ficar cansado, se não tiver condições para suportar a viagem, e assim ele entrará em “tempo de recarga”. O cavalo ficará na mesma velocidade de um jogador se movimentando, até que ele possa novamente desenvolver velocidade, ele poderá fazer isso somente após um determinado percentual de energia recuperada. O jogador não poderá realizar ações em cima do cavalo. Se o cavalo ou o jogador for abatido, o jogador cai e terá que decidir se corre atrás do cavalo, foge ou vai para o duelo. O jogador precisa ir até o cavalo caso perca o controle dele e o animal saia correndo pela floresta. O jogador não pode fazer algo como assobiar e o cavalo aparecer misteriosamente. Caso o jogador se perca do seus cavalo ao fugir dos inimigos por exemplo, passado algum tempo o cavalo dará respawn na cidade onde o jogador tenha feito seu “check-in”.

84.Os acampamentos devem ter estábulos para o cavalo descansar e recuperar as energias mais rapidamente, porém não deve ser algo instantâneo. De qualquer forma, há muitas variáveis em mente para isso.


X – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Eu tenho várias outras ideias, mas por enquanto acho que é isso.

O mais importante é que o jogo entregue uma gama infinita de possibilidades alinhadas as mais variadas formas e estilos de jogos. Se você gosta do pve, você vai ter suas inúmeros funções e caminhos para de divertir e crescer dentro do jogo, benefícios de craft, farms, você pode ter um papel de destaque nas invasões de monstros e lidar com bosses difíceis, você pode conseguir riqueza e gloria nesse seguimento e estilo de jogo, igualmente se você gosta de pvp, com as intensas guerras e os espólios das batalhas pvp. Acredito que em New World toda facção vai precisa de bons jogadores de pve, com os benefícios que estes jogadores podem ter para lidar com monstros poderosos, crafts, colheitas, mineração, como também precisar do talento de bons jogadores de pvp para as batalhas e guerras. Basta encontrar o equilíbrio do sucesso.

Essas são minhas considerações em face desse primeiro contato com o jogo.

Espero profundamente que o jogo não seja apenas mais um no meio de tantos outros horríveis que já existem.

A Amazon tem plena capacidade e poder para revolucionar mais esse mercado.

Espero que alguma coisa aqui tenha contribuído com algo, e torço pelo sucesso do jogo.

E continuem sempre olhando para o Brasil, aqui também tem mercado e pessoas capacitadas para fazer muita coisa pelo mundo, tanto real como virtual. Abraços!
submitted by hmmild to New_World_MMO [link] [comments]

E o que vai acontecer DEPOIS da pandemia?

E o que vai acontecer DEPOIS da pandemia?
Com a iminência do impacto do cometa Coronavirus no Brasil, estamos direcionando toda nossa atenção à mitigação, ao isolamento social, aos números de infectados e mortes.
Cada ação de quarentena em massa (seja numa cidade, estado ou país), gera um impacto imediato na cadeia produtiva do local.
Sou de Santa Catarina e por aqui os comércios não-essenciais já não podem mais abrir e o transporte público foi suspenso. Com as pessoas em casa, não há trabalho, empresas não funcionam e, desde o primeiro momento há um sério impacto no sistema econômico. É possível mensurar ou imaginar qual o impacto disso no futuro?
Isolar pessoas e congelar as atividades econômicas não é só algo doloroso de se fazer, mas também inevitavelmente trará danos a curto, médio e longo prazo aos países atingidos.
E isso é o que está acontecendo no mundo todo, simultaneamente com todos os esforços e investimentos aplicados para o combate ao coronavirus.
Então, como será o mundo pós-coronavirus?

https://preview.redd.it/w8eul1ns6yn41.jpg?width=657&format=pjpg&auto=webp&s=c082a91cc137a5a4191fe717e2c9e54b6eded8f2
-----------------------------------------
Eu tenho alguns palpites, seguem algumas considerações que venho pensando nos últimos dias:
- Com o isolamento prolongado, a maioria das empresas serão fechadas. Empregos perdidos. As pessoas ficarão sem renda e sem possibilidade de ter de imediato uma rotina de ir ao trabalho presencial durante o isolamento.
- Os cidadãos ficarão dependentes da assistência do governo. Possivelmente será instituíto um sistema de Renda Mínima Universal.
- O governo precisará intervir na cadeia de produção e distribuição de alimentos, pois se tornará insustentável para uma empresa privada arcar com todo o impacto e manter o funcionamento.
- Os jovens e os já imunes serão responsáveis por assumir a linha de frente do trabalho que necessite contato físico enquanto não há um remédio ou vacina.
- Uber falirá em poucos meses, a não ser que seja passe por uma intervenção estatal também. A empresa sempre operou gerando prejuízos bilionários, sempre captando mais e mais rodadas de investimentos para captar caixa e seguir operando.
- Perderemos o luxo da opção que tínhamos até atualmente. Teremos que viver com o que teremos à disposição.
- A internet será a principal ferramenta para nos ajudar a encarar a pandemia. Será por causa dela que as pessoas conseguirão passar tanto tempo trancadas em casa sem enlouquecer. Ela precisa ser mantida e preservada.
- Ainda sobre a internet, o ambiente online passará por uma grande transformação. Haverá um boom enorme no conteúdo, soluções, apps e sites criados. Nossa vida online, mais do que nunca, passará a ser a nossa realidade, enquanto estivermos trancados. No pós-pandemia, isso deve continuar. Será algo como os humanos do Wall-E, que não se cuidam na vida real e vivem pregados numa tela.
- A China será a menos afetada no final das contas por este episódio. Ela será a nova potência lider no mundo.
- Os EUA correm sério risco de perder sua hegemonia com o descontrole da pandemia.
- O Brasil pode ser repartido em territórios diferentes, com maior autonomia, de modo a facilitar a governabilidade e recuperação econômica.
Como podem ver, prevejo uma realidade um tanto quanto distópica: o governo muito poderoso e centralizado, com os cidadãos totalmente dependente dele. O stress pós traumático fará a população abrir mão de sua liberdade individual pelo sustento Estado. Também acredito que as mega corporações de tecnologia como a Amazon principalmente, vão sobreviver, se fortalecer muito (Amazon é uma das poucas que está se dando bem nessa crise) e fazer parte do poder de alguma forma.
Enfim, por enquanto só consegui pensar nisso!
Tenho uma grande dúvida sobre como os países manterão as economias minimamente ativas e a ordem social durante a pandemia e no pós-pandemia. Como vão evitar que tudo não vire um caos? E, eles têm reservas financeiras para sustentar a população com a economia congelada durante vários meses?
E vocês, o que vêem vindo por aí?
submitted by asahubr to coronabr [link] [comments]

principal causa de morte no brasil video

Transito é a principal causa de mortes no Brasil Qual a principal causa de morte de jovens no Brasil? - YouTube AS 10 MAIORES CAUSAS DE MORTES NO BRASIL... IMPRESSONANTE ... 5 maiores causas de morte no Brasil - YouTube AVC é a segunda principal causa de mortes no Brasil - YouTube AVC é uma das principais causa de morte no Brasil - CN ...

No Brasil, o mesmo período de 4 a 10 de maio viu o número de novas mortes registradas por COVID-19 (4.072) ultrapassar em muito a média semanal de mortes por homicídios em 2017 (1.227), ano em ... As principais causas de morte no Brasil, no ano de 2014, foram as doenças do coração e do aparelho circulatório, que tiraram a vida de 340.284 pessoas. 2 – Câncer Vários tipos de câncer mataram cerca de 201.968 pessoas só em 2014. Doenças do aparelho circulatório causam a maior parte das mortes no país. Veja dados de mortalidade por doença e por cidade No Brasil, é uma das maiores causas de morte e a primeira causa de incapacidade. Em 2015, mais de 100 mil pessoas morreram por conta da doença. 4. Homicídio No Brasil, as principais causas de morte já são as doenças não transmissíveis, com destaque para as doenças cardiovasculares, os diversos tipos de câncer, diabetes, doenças respiratórias e do aparelho digestivo (gráfico). As doenças transmissíveis representam 13,5% do total de mortes, sendo relevantes a Aids, a tuberculose, a doença de Chagas e as ... aumento dos homicídios, que, desde o início dos anos 90, são a principal causa externa de morte no país. Os coeficientes de mortalidade passaram de cerca de 10 óbitos por cem mil habitantes ao final da década de 70, para mais de 25 a partir da metade dos anos 90. Segundo o DATASUS, de janeiro de 2008 a junho de 2010, foram registrados As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% das mortes no Brasil. Dentre estas, o infarto é uma Infarto - a principal causa de morte no Brasil Covid-19 é a principal causa de morte no Brasil Fonte: Diário do Povo Online 11.05.2020 16h17 Segundo a agência de notícias Xinhua no sábado (9), a doença causada pelo novo coronavírus, a Covid-19, se tornou a principal causa de mortalidade no Brasil, se comparada com outras causas de morte, como o câncer, homicídios ou acidentes de trânsito.

principal causa de morte no brasil top

[index] [9762] [622] [7430] [1608] [7913] [879] [7818] [6097] [3927] [8929]

Transito é a principal causa de mortes no Brasil

O AVC - Acidente Vascular Cerebral é uma das principais causas de morte no País. O problema conhecido por um em cada dez brasileiros pode deixar sequelas irr... Ver episodio: http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/avc-e-a-segunda-principal-causa-de-mortes-no-brasil O Mapa da Violência aponta: os homicídios são hoje a principal causa da morte dos jovens de 15 a 29 anos.Música: Llegare by Dom La Nena. This video is unavailable. Watch Queue Queue. Watch Queue Queue Você sabe quais são as principais causas de mortes aqui no brasil? Da só uma olhada! Se inscreva no nosso canal: https://goo.gl/8Clpk6http://acrediteounao.co... Se você é curioso clique aqui e se aventure em busca do desconhecido: http://bit.ly/2oyQj0fJá ouviram aquela máxima de que temos apenas uma certeza na vida, ...

principal causa de morte no brasil

Copyright © 2024 hot.playrealtopmoneygames.xyz